Antonio Rubens Costa de Lara


13/03/2008 19:21

Compartilhar:

Antonio Rubens Costa de Lara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Antonio Lara.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Faleceu, nesta quarta-feira, 12/3, na cidade de Santos, o ex-deputado estadual Rubens Lara, vitimado por um enfarto agudo do miocárdio.

Antonio Rubens Costa de Lara nasceu na capital de São Paulo, em 21 de junho de 1943, filho de Rubens Mendes de Lara e Zenith Costa de Lara.

Ainda criança, sua família transferiu-se para a cidade de Santos, onde cursou o primário no Colégio Santista e ginásio no Colégio Montserrat. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela então Faculdade Católica de Direito de Santos, hoje Universidade Católica de Santos " Unisantos (Turma 1968). Era mestre pela Universidade Metropolitana de Santos, onde também foi professor da cadeira de Ciência Política e Direito Internacional. Realizou diversos cursos de extensão no Brasil e em universidades norte-americanas.

Ingressou, ainda jovem, nas fileiras do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar, elegendo-se vereador à Câmara Municipal de Santos, por três legislaturas (1969-73, 1973-77 e 1977-79). Em 15 de novembro de 1978, candidatou-se a uma cadeira de deputado estadual à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, também, pelo MDB, sendo eleito com 34.591 votos. Integrou as comissões permanentes de Constituição e Justiça, como membro efetivo, e de Educação como substituto, no período de 1979/81.

Reeleito deputado estadual no pleito de 15 de novembro de 1982, pelo PMDB, com 59.255 votos, foi eleito, por seus pares, 1º secretário da Mesa Diretora da Assembléia, para o período de 15 de março de 1985 a 15 de março de 1987, na presidência do deputado Luis Carlos Santos.

Concorrendo novamente, foi reeleito deputado estadual pelo PMDB, em 15 de novembro de 1986, com 50.717 votos. Nessa legislatura, no ano de 1989, participou ativamente dos trabalhos da Constituinte Estadual, como membro da Comissão de Sistematização. Integrou diversas comissões permanentes, notadamente a de Constituição e Justiça e de Finanças e Orçamento, durante as legislaturas em que exerceu seu mandato parlamentar, e também fez parte de comissões de representação da Alesp, que acompanhou, no Congresso Nacional, a votação da emenda Dante de Oliveira, das eleições diretas, e a lei que restabeleceu a autonomia política para a cidade de Santos. Com a aprovação, candidatou-se pelo PMDB à prefeitura de Santos, em 1984.

Foi o autor da Lei Estadual 5.649/1987, que criou a Estação Ecológica Juréia-Itatins, garantindo a preservação dessa área no litoral sul de São Paulo, local em que estava prevista a construção de uma usina nuclear.

Foi um dos fundadores do Partido da Social da Democracia Brasileira (PSDB). Por essa bancada na Alesp, foi integrante das comissões permanentes de Defesa do Meio Ambiente e de Finanças e Orçamento como membro efetivo e nas de Constituição e Justiça, de Transportes e Comunicações e de Redação, como substituto, no biênio 1989/98. Nas eleições de 3 de outubro de 1990, concorreu a uma cadeira de deputado federal, obtendo uma suplência. Em 1995, assumiu a cadeira de deputado federal pelo PSDB.

No governo Fernando Henrique Cardoso, foi nomeado, em 1999, superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em São Paulo.

Entre 2000 e 2002, foi presidente do Conselho de Administração da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

Na gestão Geraldo Alckmin, foi secretário-chefe da Casa Civil do governo, entre 2002 e 2003, quando foi nomeado diretor-presidente da Cetesb, exercendo o cargo até 2006. Com a posse do governador Cláudio Lembo, em 2006, ocupou novamente o cargo de secretário-chefe da Casa Civil.

No governo José Serra foi nomeado diretor-executivo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Sua maior preocupação à frente desse órgão era a remoção de mais de 25 mil pessoas dos chamados bairros Cotas, existentes à margem da rodovia Anchieta, na serra do Mar, em local de preservação ambiental.

Na noite da quarta-feira, Rubens Lara sentiu uma forte dor no peito e foi transportado para o Pronto-Socorro da Santa Casa da Misericórdia de Santos, mas veio a falecer antes de dar entrada no hospital. O corpo do deputado Rubens Lara foi velado no salão nobre "Esmeraldo Tarquínio" da prefeitura de Santos e sepultado, no final da tarde, no Memorial Necrópole Ecumênica, naquela cidade. O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, decretou luto oficial de três dias pela morte de Rubens Lara.

A Assembléia paulista levantou seus trabalhos legislativos nesta quinta-feira, 13/3, em homenagem à memória do ex-parlamentar.

alesp