Trote estudantil é objeto de projeto de lei


24/02/2010 16:43

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Nesta semana, o trote estudantil voltou a ser tema de discussões e reportagens. A imprensa noticiou que sete calouros de um centro universitário do interior paulista sofreram queimaduras durante a recepção aos novos estudantes, tendo sido atingidos no rosto e no corpo por um líquido jogado pelos veteranos.

"A violência nesses trotes já é um problema antigo para boa parte das universidades, e o que era para ser apenas uma iniciação deixa sequelas e pode levar até mesmo a morte", afirma o deputado Gilmaci Santos, líder do PRB na Assembleia Legislativa. O Projeto de Lei 77/2009, de autoria do parlamentar e que está em tramitação na Casa desde o ano passado, proíbe o trote estudantil aos alunos que ingressam em cursos superiores de todo o Estado de São Paulo. A proposição determina que os dirigentes das instituições de ensino superior apliquem penalidades administrativas aos estudantes que praticarem o trote, incluindo a expulsão.

Um dos episódios mais conhecidos e que deu início à abertura de inquéritos sobre a violência nos trotes universitários foi o caso do estudante de medicina Edison Hsuen, que morreu afogado na piscina atlética da USP, em 1999. "Os trotes violentos continuam e é preciso acabar com isso para que o período de início das aulas seja, realmente, uma fase feliz para os alunos e também para as famílias", afirma Gilmaci.



gilmacisantos@al.sp.gov.br

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