Em uma reunião aberta à população feita no próprio cine Belas Artes e organizada pela coordenação do movimento cívico de preservação do cinema, ocorrida no dia 24/2, o professor e deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) anunciou que havia apresentado na Assembleia Legislativa, dois dias antes, o projeto de lei 50/2011, que autoriza o Poder Executivo a desapropriar o prédio onde o cinema funciona há décadas.

Autor de ofícios protocolados nas pastas de cultura do Estado e do município de São Paulo, e também no Ministério da Cultura pedindo que desapropriem o espaço do Cine Belas Artes para salvá-lo da anunciada extinção, o parlamentar argumenta na justificativa do projeto que o poder público tem a obrigação de interceder para salvar esse histórico espaço cultural, através de um decreto de desapropriação de utilidade pública. "Entendemos também que o Estado tem a responsabilidade de se pronunciar e encaminhar uma alternativa para a questão. O Belas Artes, mesmo sendo um local particular, conseguiu a proeza de eliminar os limites entre o público e o privado, deixando de ser uma empresa de caráter estritamente comercial para se transformar em reduto cultural sem "fronteira", complementa Giannazi.

Há consenso, justificado no PL, que o cine Belas Artes é um monumento cultural da cidade que não pode desaparecer sob os argumentos da propriedade privada e da ganância pelo lucro.



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