DA REDAÇÃO

O agronegócio em 2002 apresentou um crescimento cinco vezes superior ao de outros setores da economia brasileira. As principais linhas de ação dos governos federal e estadual para estimular o agronegócio foram tema das apresentações do secretário estadual da Agricultura, Duarte Nogueira, e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, no Congresso Estadual de Municípios, realizado na cidade do Guarujá.

Duarte Nogueira disse que o governo Estado está estimulando ações estratégicas para fixar a percepção do mercado internacional de que os produtos agrícolas brasileiros e do Estado de São Paulo têm qualidade e sanidade absoluta. O secretário destacou a instalação na semana passada do conselho estadual de comércio exterior. O conselho criado pelo governador Geraldo Alckmin terá a participação de dez secretários de Estado e de representantes de diversas cadeias produtiva. O objetivo é dinamizar as exportações e desenvolver mecanismos para que pequenos e médios produtores ampliem sua integração ao mercado externo.

O secretário nacional de Política Agrícola, Ivan Wedekin, enfatizou a necessidade de políticas locais de desenvolvimento. Segundo ele, "o desafio é pensar globalmente e agir localmente". Em sua avaliação os municípios devem elaborar planos de desenvolvimento local e trabalhar para estimular a demanda dos seus produtos.

Citricultura

No mesmo painel que discutiu o tema O Município e a Agricultura, representantes do setor citrícola do Estado apresentaram sua preocupação com a chamada "Morte súbita", doença que vem atingindo os laranjais, e cuja origem ainda não identificada. Os governos federal e estadual formaram parceria para cria uma força tarefa, integrada por 3,5 mil pessoas, para que seja feita uma varredura nos pomares do Estado com a finalidade de identificar a presença e as causas da doença.

O Brasil responde por 50% da laranja consumida no mundo em forma de suco. As exportações do setor movimentam 1,5 bilhões de reais. A citricultura está [presente em 50% dos municípios paulistas, seja como atividade principal ou secundária.