Deputada cobra informações oficiais sobre distribuição de livros com conteúdo obsceno


22/05/2009 11:09

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Maria Lúcia Prandi (PT), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, quer explicações oficiais do governo do Estado sobre a responsabilidade pela produção de livro contendo palavrões, chavões e conteúdo obsceno, destinado a alunos da rede estadual de ensino. A parlamentar questiona, também, sobre o montante gasto pelo Estado com o "material de apoio educacional", que terá como destino a lata do lixo.

Prandi formalizou a cobrança por meio de Requerimento de Informação que protocolou na Assembléia. A deputada lembra que este é o segundo escândalo, em menos de dois meses, envolvendo livros para as escolas públicas estaduais. No final de março, foram distribuídos livros de geografia onde havia dois Paraguais e sem o Equador.

No Requerimento, a parlamentar indaga qual setor é responsável pela indicação de livros e materiais; quais os critérios para seleção e contratação de empresas que elaboram materiais didáticos; qual o setor da secretaria que revisa os conteúdos e quem tem a responsabilidade de distribuir.

Prandi quer saber quanto foi gasto na confecção e na distribuição do livro "Dez na área. Um na banheira e ninguém no gol", objeto da polêmica atual. Foram 1.216 exemplares, destinados a alunos da terceira série do ensino fundamental, que estão na faixa de nove anos de idade.

"Não serve para nove anos e nem para nenhuma outra faixa etária como material de apoio escolar. É um absurdo. Lamentavelmente, os professores não são ouvidos. Essa falta de democracia na gestão do PSDB traz conseqüências danosas. É a consequência de não se ouvir a comunidade educacional", desabafa Prandi.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp