O médico e 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado Fausto Figueira (PT), homenageou em pronunciamento da tribuna do plenário nesta terça-feira, 23/1, a unidade santista do Instituto Adolpho Lutz, que completa 60 anos de atividades no próximo dia 26.

Para o parlamentar, o instituto é um exemplo da importância da presença do Estado em questões fundamentais como a saúde pública e o controle epidemiológico. "O Estado tem uma responsabilidade intransferível nessas áreas, cujos serviços devem permanecer sob absoluto controle público, contrariando o discurso do Estado mínimo e avesso às nocivas terceirizações", defendeu.

"Quero aproveitar o 60º aniversário do Laboratório Regional de Santos do IAL, que acontece dia 26, data que marca também a fundação da cidade de Santos, para defender desta tribuna a valorização dos pesquisadores e funcionários do Adolpho Lutz", comentou o deputado. Segundo ele, "é fundamental a criação de um plano de cargos e salários e a correção das enormes distorções que permitem a remuneração desigual para funções idênticas, uma enorme injustiça que causa descontentamento no competente quadro funcional do instituto".

O Adolpho Lutz, nas últimas seis décadas, vem promovendo pesquisas na cidade de Santos e em toda a Região Metropolitana da Baixada Santista, produzindo bens e serviços laboratoriais de saúde pública. O laboratório regional, conforme o deputado, presta serviços nas áreas de bromatologia e química, microbiologia clínica e alimentar, microbactérias, micologia, imunologia e parasitologia. Em sua infra-estrutura conta com apoio administrativo de comunicação e tecnologia. "A unidade atua em conjunto com os serviços de vigilância epidemiológica e sanitária dos municípios da região", acrescentou.

Fausto lembrou que a inauguração do prédio próprio do Laboratório Regional de Santos, em 1947, teve como objetivo oferecer suporte laboratorial no controle de doenças infecto-contagiosas e parasitárias na Baixada Santista. "A região, particularmente a cidade de Santos, sofreu até o princípio do século passado freqüentes epidemias, alvo de ações sanitárias de vulto. Infelizmente, quase 100 anos depois da implantação em Santos da rede de saneamento projetada pelo engenheiro Saturnino de Brito, a cidade e a região sofrem com a presença da dengue, doença do século XIX", esclareceu.

O combate a essa e outras doenças infecto-contagiosas, de acordo com Fausto, tem no Laboratório Regional do Adolpho Lutz uma importante ferramenta. "Mas é preciso que o governo do Estado dê condições de trabalho aos funcionários do IAL e, em conjunto com as prefeituras da região, enfrente com seriedade e determinação os graves problemas de saúde pública", completou.

"Quero aqui manifestar homenagem aos pesquisadores e funcionários do Laboratório Regional de Santos do Instituto Adolpho Lutz, na passagem dos 60 anos de funcionamento da unidade. Quero também reiterar solidariedade, que, com certeza, é compartilhada por todos os deputados desta Casa, em sua luta contra distorções salariais existentes na instituição, que precisam ser urgentemente corrigidas", afirmou o 1º secretário.

O deputado, que participou da solenidade de abertura do encontro comemorativo da unidade santista do Instituto Adolfo Lutz, realizada nesta terça-feira, citou nominalmente os pesquisadores e as autoridades presentes ao evento. Entre eles, a diretora geral recém-empossada no instituto, Marta Lopes Salomão; a diretora de Laboratórios Regionais, Regina Gomes de Almeida; a diretora regional de Santos, Regina Célia Paschoal; e o secretário de Saúde de Santos, Odílio Rodrigues Filho.

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