A seqüência de rebeliões na unidade Tatuapé da Febem, que deram prosseguimento à crise por que passa a entidade, foi tema de debate nos dias 11 e 12/5, na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, presidida por Ítalo Cardoso (PT). Segundo denúncias de 12 funcionários demitidos, ouvidos pela comissão, boicotes de colegas adeptos da "tranca e do couro", ordens sem assinatura "emanadas de seres superiores e ocultos" impediram a execução do projeto pedagógico, construído em sintonia com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca).

A discussão chegou também ao Plenário da Casa, com o protesto do primeiro secretário, Fausto Figueira, e do líder do PT, Renato Simões, contra a persistência do governo em manter um modelo repressivo em vigor na instituição. Antonio Mentor defendeu a adoção do modelo do Núcleo de Atendimento Integral, adotado pelo município de São Carlos, e que em breve será instalado também em Americana. Segundo Mentor, naquela cidade, desde que o PT assumiu a administração há quatro anos não há rebelião nem fugas.

A batalha para impedir a privatização da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, como paliativo à crise financeira da Cesp, foi outro assunto que concentrou a atenção dos deputados do PT. Os petistas, que são contra o projeto, apresentaram proposta alternativa, de criação de uma holding de energia sob o controle acionário do Estado, mas o governo permanece irredutível em se desfazer do patrimônio público. O projeto do Executivo deve ser votado nesta quarta-feira, já que as 12 horas de discussão regimental foram encerradas em 12/5.



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