ASSASSINOS DE MONGAGUÁ - OPINIÃO

Afanasio Jazadji*
27/08/2001 09:00

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Os dois assassinos de três adolescentes que passavam a Páscoa do ano passado na cidade de Mongaguá, no Litoral de São Paulo, foram condenados a 132 anos de prisão. Na época, esse crime chocou a opinião pública e esperava-se mesmo que justiça fosse feita. Os réus Luciano de Almeida, de 21 anos, e Cristiano Domingues, de 24 anos, foram condenados pelo juiz Enoque Cartaxo de Souza, que impôs penas severas. É claro que ninguém vive para cumprir 132 anos de prisão, uma vez que o período máximo de permanência de uma pessoa na cadeia, no Brasil, é de 30 anos. Mas o simples fato de a gente saber que os dois cruéis matadores serão marginalizados da sociedade em todo o resto de sua juventude já serve de exemplo para quem, algum dia, pensar em praticar mal igual. Luciano e Cristiano mataram para roubar. Eles assassinaram três jovens que estavam em Mongaguá para passar o feriado da Semana Santa: os estudantes Danilo Ramos Ribeiro, Bruno de Paula Ruggeri e Ariel Lagata, todos de 17 anos. Os três adolescentes foram mortos com facas e espetos de churrasco. Horripilante! Cristiano confessou que estava sob o efeito de drogas. O fato é que os dois assassinos queriam roubar dinheiro dos jovens e, diante do medo de serem reconhecidos, acabaram matando suas vítimas de modo perverso. Para as famílias, uma perda terrível, sentida até hoje pelas mães e pais dos três garotos. A pena de 132 anos serve apenas de consolo. Só resta esperar que, dentro de alguns anos, não apareça algum líder dessas entidades protetores de direitos humanos de bandidos para argumentar que os "coitadinhos" Luciano e Cristiano já ficaram muito tempo na cadeia.

*Afanasio Jazadji é deputado estadual pelo PFL.

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