Da Assessoria do deputado Romeu Tuma

Apesar de já ter tramitado em todas as comissões necessárias, o projeto de lei do deputado Romeu Tuma (PPS), que proíbe a instalação de máquinas caça-níqueis em bares, restaurantes e similares, não foi votado. "Cada vez mais é evidente o envolvimento de redes de exploração de jogos de azar com o crime organizado", diz o deputado, referindo-se ao caso Waldomiro Diniz.

O ex-assessor parlamentar, ligado ao chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, foi flagrado em uma filmagem enquanto negociava contribuições para campanhas eleitorais com um bicheiro. Diante do incidente, procuradores federais investigam a ligação do jogo com o crime organizado.

"Todos estão chocados, mas o Estado de São Paulo já poderia contar com a lei que proíbe a instalação de caça-níqueis, cortando uma das fontes de renda do crime organizado. Entretanto, até hoje, o projeto não foi colocado em votação", lamenta Tuma. Ele lembra que crianças e adolescentes entram para a contravenção pela porta dos caça-níqueis. "Em muitos casos, essas redes servem como fachadas ao crime organizado internacional", afirma.



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