Notas do Plenário


04/05/2007 17:55

Compartilhar:


Escolas de lata

O deputado Marcos Martins (PT) leu artigo do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira, 3/5, intitulado "Maquiagem nas escolas de lata", que, segundo o parlamentar, é o reconhecimento do governo do Estado da existência de tais escolas. "A Secretaria da Educação decidiu maquiar as 76 escolas de lata ou latão ainda existentes na Grande São Paulo e no interior. Elas estão recebendo paredes externas de concreto e novos pisos; o telhado recebe revestimento de feltro de lã, na tentativa de isolar o calor e o barulho internos, e algumas paredes receberão textura branca." "Nas escolas em que a maquiagem já foi concluída, professores e estudantes continuam reclamando do calor, do barulho e da iluminação deficiente", relatou o deputado.



Grande cruzada

O deputado José Bittencourt (PDT) falou sobre o lançamento da Frente Parlamentar contra a Implantação do Aterro Sanitário em Mogi das Cruzes, coordenada pelo deputado Luis Carlos Gondim (PPS). Bittencourt saudou o prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, "por tomar a frente dessa grande cruzada" e disse: "Instalar um aterro sanitário em uma área industrial é uma medida injustificável, que prejudica novos investimentos". O deputado entende que o lixo precisa de um destino, "mas cada município deve cuidar do seu. Seja através de usina de reciclagem ou por outra medida".

Cortadores de cana

O 1º secretário da Assembléia, Donisete Braga (PT) falou sobre as dificuldades dos 300 mil cortadores de cana e lembrou que a Casa aprovou, na Legislatura passada, um projeto de lei que prevê a redução gradual da queima da cana até sua eliminação total em 2021. Preocupado com a questão do emprego, já que grande parte do corte do produto é feita por máquinas, Braga conclamou o Legislativo paulista a debater o assunto. O deputado ainda lamentou o fato de que muitos cortadores se acidentam durante o trabalho.

Vida de escravo

Após ouvir o discurso de Donisete Braga, o deputado Rafael Silva (PDT) solidarizou-se com sua preocupação e disse que "é importante termos parlamentares conscientes". Silva ressaltou que as dificuldades dos cortadores de cana fazem com que eles tenham vida útil inferior à dos escravos, "que também cortavam cana". Ao fazer um breve relato sobre a história do açúcar, o deputado lembrou que, aos 30 anos, os cortadores já são considerados incapazes para o trabalho.

alesp