Escolas de lata O deputado Marcos Martins (PT) leu artigo do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira, 3/5, intitulado "Maquiagem nas escolas de lata", que, segundo o parlamentar, é o reconhecimento do governo do Estado da existência de tais escolas. "A Secretaria da Educação decidiu maquiar as 76 escolas de lata ou latão ainda existentes na Grande São Paulo e no interior. Elas estão recebendo paredes externas de concreto e novos pisos; o telhado recebe revestimento de feltro de lã, na tentativa de isolar o calor e o barulho internos, e algumas paredes receberão textura branca." "Nas escolas em que a maquiagem já foi concluída, professores e estudantes continuam reclamando do calor, do barulho e da iluminação deficiente", relatou o deputado. Grande cruzadaO deputado José Bittencourt (PDT) falou sobre o lançamento da Frente Parlamentar contra a Implantação do Aterro Sanitário em Mogi das Cruzes, coordenada pelo deputado Luis Carlos Gondim (PPS). Bittencourt saudou o prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, "por tomar a frente dessa grande cruzada" e disse: "Instalar um aterro sanitário em uma área industrial é uma medida injustificável, que prejudica novos investimentos". O deputado entende que o lixo precisa de um destino, "mas cada município deve cuidar do seu. Seja através de usina de reciclagem ou por outra medida".Cortadores de canaO 1º secretário da Assembléia, Donisete Braga (PT) falou sobre as dificuldades dos 300 mil cortadores de cana e lembrou que a Casa aprovou, na Legislatura passada, um projeto de lei que prevê a redução gradual da queima da cana até sua eliminação total em 2021. Preocupado com a questão do emprego, já que grande parte do corte do produto é feita por máquinas, Braga conclamou o Legislativo paulista a debater o assunto. O deputado ainda lamentou o fato de que muitos cortadores se acidentam durante o trabalho.Vida de escravo Após ouvir o discurso de Donisete Braga, o deputado Rafael Silva (PDT) solidarizou-se com sua preocupação e disse que "é importante termos parlamentares conscientes". Silva ressaltou que as dificuldades dos cortadores de cana fazem com que eles tenham vida útil inferior à dos escravos, "que também cortavam cana". Ao fazer um breve relato sobre a história do açúcar, o deputado lembrou que, aos 30 anos, os cortadores já são considerados incapazes para o trabalho.