PT apresenta alternativa para a crise da CESP

CETEEP
03/05/2005 18:10

Compartilhar:


A Bancada do PT apresentou, em 29/3, durante coletiva à imprensa na Assembléia, proposta alternativa ao projeto do Executivo que autoriza a privatização da Companhia Paulista de Transmissão de Energia (CTEEP). A pretensão do governo estadual é solucionar no curto prazo a dívida da empresa, que tem parcela a vencer em maio no valor de R$ 2,8 bilhões. O total da dívida já atingiu a casa dos R$ 11 bilhões.

O PT sugere a criação de uma holding, a Companhia Paulista de Serviços Públicos de Energia e Infra-estrutura, sob controle acionário do Estado que reuniria para a formação da empresa ações de sua propriedade, mais as da Sabesp dadas como garantia da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), empresa que gere as Parcerias Público-Privadas no Estado. Segundo Sebastião Arcanjo (Tiãozinho do PT), um dos coordenadores do trabalho apresentado, "de imediato, a holding atenderia às exigências de garantia para o aporte de recursos do BNDES".

Ainda segundo o deputado, estas não são as únicas vantagens: "Para a formação da holding, não há necessidade de projeto aprovado pela Assembléia, o que possibilita sua imediata implementação. E mais: a criação da holding em nada interfere nas atividades de nenhuma das companhias, além do Estado continuar cumprindo seu papel num setor estratégico".

Os presidentes do Sindicato dos Energéticos (Sinergia), Wilson Marques de Almeida, e do Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo, Antonio Carlos dos Reis, participaram da audiência.

Para Cândido Vaccarezza (PT), que dividiu com Tiãozinho a coordenação dos estudos que culminaram na proposta, "o projeto do Executivo é inconsistente ao colocar a CTEEP como privatizável. Na outra ponta não há nenhum comprador". E enfatizou: "Na minha avaliação, o governador sabe que sua proposta é inconsistente. O que ele quer é a quebra da Cesp, para forçar o Governo Federal a intervir na empresa e ficar com o abacaxi."

Conforme declarou o líder dos PT na Assembléia, Renato Simões, o governador Alckmin, acuado pela crise financeira da Cesp, pretende um paliativo que resolva sua situação no curto prazo: "A proposta do governador é uma saída para a sua gestão e não resolve nada, como não resolveram os inúmeros empréstimos à Cesp, autorizados por esta Assembléia". Fausto Figueira, primeiro secretário, complementou: "Precisaríamos vender 10 CTEEPs para resolver o problema da Cesp."

A proposta foi apresentada ao colégio de líderes da Assembléia pelo líder do PT, Renato Simões, e entregue à presidência da Casa por Tiãozinho e Vaccarezza. Na audiência pública desta terça-feira, 3/5, também foi entregue oficialmente ao secretário de Energia e Recursos Hídricos, Mauro Arce.

Para a elaboração da iniciativa, além dos deputados do PT e dos sindicatos dos eletricitários, o assunto foi debatido, no ano passado, com a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, e com o ministro da Casa Civil, José Dirceu.



Da liderança do PT

A Bancada do PT apresentou, em 29/3, durante coletiva à imprensa na Assembléia, proposta alternativa ao projeto do Executivo que autoriza a privatização da Companhia Paulista de Transmissão de Energia (CTEEP). A pretensão do governo estadual é solucionar no curto prazo a dívida da empresa, que tem parcela a vencer em maio no valor de R$ 2,8 bilhões. O total da dívida já atingiu a casa dos R$ 11 bilhões.

O PT sugere a criação de uma holding, a Companhia Paulista de Serviços Públicos de Energia e Infra-estrutura, sob controle acionário do Estado que reuniria para a formação da empresa ações de sua propriedade, mais as da Sabesp dadas como garantia da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), empresa que gere as Parcerias Público-Privadas no Estado. Segundo Sebastião Arcanjo (Tiãozinho do PT), um dos coordenadores do trabalho apresentado, "de imediato, a holding atenderia às exigências de garantia para o aporte de recursos do BNDES".

Ainda segundo o deputado, estas não são as únicas vantagens: "Para a formação da holding, não há necessidade de projeto aprovado pela Assembléia, o que possibilita sua imediata implementação. E mais: a criação da holding em nada interfere nas atividades de nenhuma das companhias, além do Estado continuar cumprindo seu papel num setor estratégico".

Os presidentes do Sindicato dos Energéticos (Sinergia), Wilson Marques de Almeida, e do Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo, Antonio Carlos dos Reis, participaram da audiência.

Para Cândido Vaccarezza (PT), que dividiu com Tiãozinho a coordenação dos estudos que culminaram na proposta, "o projeto do Executivo é inconsistente ao colocar a CTEEP como privatizável. Na outra ponta não há nenhum comprador". E enfatizou: "Na minha avaliação, o governador sabe que sua proposta é inconsistente. O que ele quer é a quebra da Cesp, para forçar o Governo Federal a intervir na empresa e ficar com o abacaxi."

Conforme declarou o líder dos PT na Assembléia, Renato Simões, o governador Alckmin, acuado pela crise financeira da Cesp, pretende um paliativo que resolva sua situação no curto prazo: "A proposta do governador é uma saída para a sua gestão e não resolve nada, como não resolveram os inúmeros empréstimos à Cesp, autorizados por esta Assembléia". Fausto Figueira, primeiro secretário, complementou: "Precisaríamos vender 10 CTEEPs para resolver o problema da Cesp."

A proposta foi apresentada ao colégio de líderes da Assembléia pelo líder do PT, Renato Simões, e entregue à presidência da Casa por Tiãozinho e Vaccarezza. Na audiência pública desta terça-feira, 3/5, também foi entregue oficialmente ao secretário de Energia e Recursos Hídricos, Mauro Arce.

Para a elaboração da iniciativa, além dos deputados do PT e dos sindicatos dos eletricitários, o assunto foi debatido, no ano passado, com a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, e com o ministro da Casa Civil, José Dirceu.

alesp