Deputado presta contas de sua atuação junto a CFO


09/05/2005 17:45

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Neste começo de 2005, o deputado Enio Tatto (PT) exerceu a presidência da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de São Paulo. Para ele, foi o período suficiente para comprovar aquilo que já desconfiava: "bem ao contrário de seu discurso de austeridade e transparência, o governo Alckmin "esconde o lixo debaixo do tapete", conforme avaliou.

O deputado disse ter "localizado, encostados nas prateleiras da Assembléia Legislativa, mais de 700 processos legislativos com pareceres do Tribunal de Contas do Estado, apontando irregularidades praticadas pelo Governo. Tem coisas simples, como a falta de um carimbo ou documento, mas também, muitos questionamentos sobre valores de contratos e aditamentos, ou seja, destinação de mais recursos financeiros para um mesmo projeto".

O parlamentar denunciou, a imprensa divulgou, mas, a questão não pára por aí. "Ainda há muito o que apurar sobre os motivos que levaram os tucanos a "esconderem" esses processos durante anos com questões sobre CDHU, Nossa Caixa, DER e outros órgãos estaduais", disse.

Tatto explicou: "para se ter uma idéia, há processos parados desde 1996, sendo a maioria do período entre os anos 2000 e 2002. Mais de 300 deles são referentes à CDHU. Vale lembrar que a bancada de deputados petistas entrou com pedido de CPI sobre a CDHU. E, como sempre fazem, os tucanos impediram que esta fosse instalada".

Segundo o deputado, há questões a serem apuradas também sobre a Nossa Caixa Nosso Banco, e sobre o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), sempre com processos que levantam suspeitas sobre seu andamento e conclusão, já que o TCE apontou irregularidades. "Mas, como há 10 anos a Assembléia Legislativa era quase que completamente dominada pelos tucanos, estavam parados, engavetados", afirmou.

"Como podemos perceber, a gestão Alckmin não é aquele poço de bondade e de eficiência apresentado nas propagandas. Aliás, este governo tem muito mais o que explicar: a falência da Febem, onde foi parar o dinheiro arrecadado com tantas privatizações, o caos no setor de energia e segurança", acrescentou.

alesp