Parlamentar quer interdição de depósito de lixo no Guarujá


05/03/2004 15:25

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) reivindicou à Prefeitura do Guarujá a urgente interdição de depósito de reciclagem de lixo situado na Avenida Castelo Branco, esquina com a Rua São Paulo, na Vila Cunhambebe, Vicente de Carvalho. Segundo ela, a morte de uma funcionária do depósito, na terça-feira, 24/2, teve como causa a leptospirose.

A vítima, de acordo com a parlamentar, contraiu a doença no local de trabalho, que está infestado de ratos."O depósito está localizado em zona residencial e é uma grave ameaça à saúde pública. As ratazanas circulam livremente e, em busca de alimentos, invadem residências vizinhas. É muito grande o número de crianças nas redondezas", alerta Prandi.

Ela acrescenta que há uma padaria e um templo evangélico ao lado do depósito, que é passagem obrigatória de crianças e adolescentes que estudam na Escola Estadual Marechal do Ar Eduardo Gomes. "Pelos vãos do portão, pode-se verificar o acúmulo de lixo a céu aberto. O forte mau cheiro evidencia que a atividade, praticada sem cuidados mínimos, é incompatível com uma zona residencial", explica a deputada.

Transmissão de moléstias

Prandi lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) já catalogou cerca de 200 doenças transmissíveis por ratos, a maioria delas difíceis de serem curadas e até letais. "Leptospirose, hantavirose, tifo, peste bubônica, febre hemorrágica, salmonelose, nefrite epidêmica, sarnas, micoses, helmintíases e até mesmo o tétano são alguns dos males causados pelos ratos", ressalta.

Ainda justificando a emergência de as autoridades do município interditarem o local, explica que " a urina e as fezes dos ratos são vetores de transmissão de parte significativa dessas moléstias e os ratos urinam cerca de 40 vezes por dia, o que denuncia a incrível quantidade de focos de contaminação no depósito. Além disso, as fezes dos roedores, quando secas, liberam um pó que, se aspirado, é fatal ao organismo humano".

A situação pode ser verificada, segundo Prandi, através da entrada do depósito, na Avenida Castelo Branco, sem número. A ausência de placa identificadora do local, diz ela, "leva os vizinhos a suporem que a atividade é clandestina, o que seria ainda mais grave".

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp