Em entrevista coletiva no salão nobre da presidência da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, o embaixador da Palestina no Brasil, Musa Amer Odeh, afirmou ser a guerra prejudicial tanto para o povo palestino quanto para o povo judeu, pois "na guerra todos saímos perdedores e por isso pedimos que toda a comunidade internacional se mova para resolução do conflito".

Segundo Odeh, o problema ficou ainda mais complexo quando Israel colocou no meio dos conflitos a religião, "mexendo com o sentimento de todo o povo árabe, pois acabou sendo interpretado como um ato de provocação de Israel", destacou.

Perguntado sobre o que depende a finalização do processo de paz, o embaixador foi claro: "Israel cumprir as resoluções que foram tomadas pelas Nações Unidas e executar todos os acordos assinados, principalmente desocupando o território destinado à Palestina." E acrescentou: "Nossa área é muito reduzida, não é tão grande como o território do Brasil, mas essa área pequena é suficiente para ambos os povos."

Fronteiras. Odeh denunciou que Israel é o único país do mundo que não declarou onde ficam suas fronteiras. "A ONU criou fronteiras para ambos os Estados, mas Israel não obedeceu ao mapa feito pela ONU. Eles usam a lógica de que sua fronteira é onde seus soldados conseguem chegar", criticou.

Acordo de paz. O embaixador acredita que é possível se chegar a um acordo de paz muito proximamente, justificando que "para nós é uma escolha estratégica e queremos uma paz sem vítimas. Não há outra solução a não ser a paz e ela só depende da justiça, que não funciona com a ocupação. Queremos que a ocupação termine hoje e assim teremos a paz".

A Assembléia Legislativa realiza na noite desta segunda-feira sessão solene em comemoração ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, que ocorre no dia 29/11, data fixada pela ONU para que todo o mundo se solidarize com a causa do povo palestino.