Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) pediu à direção da Petrobras que investigue com rigor as causas do vazamento de petróleo ocorrido no sistema de oleodutos, em São Sebastião, e reiterou a necessidade de esforços para reduzir o impacto ambiental e impedir que o óleo atinja as praias. A parlamentar soube da ocorrência no início da tarde e lamentou que o produto tenha contaminado o córrego Guaecá, localizado em Área de Proteção Permanente (APP).

"É sério e vai contra a política da atual direção da Petrobras, que coloca as questões de segurança e ambientais entre as prioridades. A cuidadosa investigação da causa é fundamental para prevenir outros desastres", ponderou a parlamentar, em ofício que encaminhou ao presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra.

De acordo com informações oficiais obtidas pela deputada, o vazamento foi constatado às 10 horas, no km 3,2 da faixa de dutos da Transpetro (subsidiária da Petrobras), que liga São Sebastião a Cubatão, em São Paulo. Conforme informado, os trabalhos de operação do duto foram paralisados de imediato, ao mesmo tempo em que foram acionados os esquemas de contingência da Transpetro e da Petrobras. Também houve a notificação de vários órgãos, como o Ibama, a Capitania dos Portos, os órgãos ambientais locais, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Segundo apurou Prandi, as equipes mobilizadas para combater as conseqüências do acidente conseguiram conter o petróleo no córrego Guaecá, sem que as praias houvessem sido atingidas. No final da tarde, a expectativa era de concluir a remoção do material mais grosso até sexta-feira, para então ser dado início a um processo mais refinado de limpeza. "Todos os cuidados parecem estar sendo adotados, o que é positivo, mas de todo modo é importante reiterar o quanto é fundamental minimizar os danos", destaca Prandi.

A poluição por derivados de petróleo, acrescenta a deputada, é uma das mais graves ameaças ao ambiente marinho. Anualmente, 1 milhão de toneladas de óleo espalham-se pela superfície dos oceanos causando verdadeiros desastres ecológicos. "As manchas negras aniquilam centenas de espécies da fauna e da flora e muitas vezes atingem os manguezais, que são o berçário da vida nos oceanos", arremata Prandi.

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