CPI da Guerra Fiscal investiga perda da Kopenhagen para Minas


09/01/2008 09:39

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A CPI da Guerra Fiscal reuniu-se em 19/12 para ouvir esclarecimentos do diretor financeiro da empresa Kopenhagen, Fernando Vichi, sobre notícias veiculadas que apontam proposta do governo mineiro em reduzir 80% da taxa de ICMS, para instalação da indústria na cidade de Extrema (MG) e não mais em Itapetininga (SP), conforme negociado anteriormente.

Segundo o diretor financeiro, após pesquisas da empresa, foi descoberto que a área de Itapetininga, comprada pela Kopenhagen para a instalação da indústria, não é propícia para a instalação pretendida. Entretanto, ela pretende manter a compra do terreno e utilizá-lo para outros empreendimentos. Isso gerou um desconforto na população local, que aguardava a disponibilidade de cerca de 600 vagas de emprego.

De acordo com Vichi, a empresa recebeu apoio do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) na procura de área específica para a construção da indústria e escolheu Extrema devido à preparação que a cidade tem para receber novos empreendimentos alimentícios, além da redução de 20% no custo da obra, comparado ao orçamento realizado em São Paulo. Como exemplo disso, estão as tarifas de água e luz mais baratas e, como fator decisivo, piso salarial mais barato.

Em relação ao incentivo fiscal, o diretor financeiro declarou que há um incentivo que o governo mineiro propõe a todas as indústrias, que é a opção de financiar a taxa de ICMS ou receber o perdão de até 75% de ICMS devido, desde que a empresa renuncie ao crédito do imposto. O diretor disse que a empresa ainda está estudando se aceita o incentivo.

O presidente da CPI, Roberto Morais (PPS), acredita que o empresariado paulista precisa ter mais apoio. "É dever da comissão comprovar que houve incentivo neste caso. Isso representa uma grande perda para São Paulo, inclusive, Extrema é uma das cidades mais citadas nas perdas de empreendimentos paulistas".

alesp