A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) continua reivindicando ao governo do Estado a criação de uma linha de transporte fluvial interligando os municípios de Iguape, em São Paulo, e Paranaguá, no Paraná. O serviço, existente entre 1980 e 1987, deixou de ser prestado por causa da interrupção do convênio interestadual que disciplinava seu funcionamento. A parlamentar apresentou indicação na Assembléia Legislativa, pedindo a realização de estudos de viabilidade para sua retomada.

"Quase 20 anos depois, as populações locais ainda lamentam a perda. O serviço era de fundamental importância por facilitar o atendimento à saúde e o acesso de medicamentos, médicos e professores", explica Maria Lúcia. Ao mesmo tempo, acrescenta, favorecia a geração de renda dessas comunidades, pois pequenos agricultores podiam comercializar seus produtos agrícolas em lugarejos vizinhos. Desde o ano passado, a deputada vem solicitando estudos sobre o assunto ao governo estadual.



Fundamental

Com a interrupção do convênio, foi mantido apenas um percurso fluvial parcial, três vezes por semana, entre o centro de Cananéia e o Ariri, operado pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). O trajeto é feito em três horas. "Os marinheiros da lancha são carinhosamente chamados de Anjos da Dersa, pois atendem encomendas de compra de remédios e transportam botijões de gás, merenda escolar e cestas básicas doadas por igrejas", relata a deputada. Para cumprir o percurso até Paranaguá, a viagem se estenderia por mais duas horas.

A deputada destaca que a linha também poderia atender ao turismo, pois o percurso fluvial São Paulo-Paraná está dentro do sistema estuarino lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá, que abriga o terceiro maior viveiro ecológico do mundo. "Essa área estende-se por 200 quilômetros de litoral, desde o norte da Estação Ecológica da Juréia, em São Paulo, até o Pontal do Sul, no Paraná", acrescenta. Todo esse potencial para o turismo ecológico continua sem aproveitamento, lamentea Maria Lúcia.

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