DA ASSESSORIA

As empresas e autarquias do governo paulista podem se unir para formar um consórcio com o objetivo único de oferecer aos jovens a primeira oportunidade de trabalho em suas vidas e de aumentar as chances de êxito nesta experiência pioneira. É o que propõe a projeto de lei que o deputado estadual Baleia Rossi acaba de apresentar na Assembléia Legislativa.

Este projeto direciona para os jovens à procura do primeiro emprego um percentual mínimo de 20% das vagas abertas pelas empresas e autarquias que integrem o consórcio. Dessa forma, o jovem contratado que não se adapte no exercício de sua primeira experiência pode ocupar uma vaga diferente oferecida por outra empresa participante, impedindo a dispensa prematura e reduzindo a alta rotatividade registrada atualmente no mercado do primeiro emprego.

Evitar despesas com indenizações, por parte do Poder Público, é outro benefício que este consórcio pode gerar, uma vez que o jovem empregado, ao ser dispensado de uma empresa estatal, imediatamente é contratado por outra pertencente ao grupo.

Pirâmide de emprego

Baleia Rossi destacou que hoje a juventude está na base da pirâmide de emprego no Brasil. "Atualmente nosso país precisaria gerar pelo menos 1,8 milhão de novos empregos a cada 12 meses para dar oportunidade de sobrevivência própria aos jovens que adentram anualmente ao mercado de trabalho. Mas nos últimos anos o número de vagas criado no território nacional em idêntico período não tem atingido nem dois terços desta necessidade", argumentou, ao revelar a principal razão que o levou a elaborar o projeto de lei.

Na opinião de Baleia Rossi, o Governo do Estado de São Paulo poderá dar uma grande contribuição para minimizar o déficit na oferta de primeiro emprego para jovens formalizando este consórcio, já que as empresas e autarquias, se unidas na busca deste objetivo, ostentariam um potencial econômico correspondente ao das grandes corporações multinacionais.