Audiência discute obrigatoriedade de portas de segurança em agências bancárias


05/05/2008 19:39

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Audiência pública debate o Projeto de Lei 1.281/2007, de autoria de Marcos Martins, que prevê a obrigatoriedade do uso de portas de segurança em agências bancárias do Estado de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/PROJ BANCO MESA A mmy (22).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/PROJ BANCO MESA C mmy (4).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Marcos Martins (PT) recebeu nesta segunda-feira, 5/5, representantes do Sindicato dos Bancários e Financiários, da Confederação Nacional dos Vigilantes, das polícias Federal e Civil e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para discutir, em audiência pública, o Projeto de Lei 1.281/2007, de autoria de Martins e aprovado em abril deste ano, que prevê a obrigatoriedade do uso de portas de segurança em agências bancárias do Estado de São Paulo. Também participaram da discussão os deputados Olímpio Gomes (PV) e Cido Sério (PT).

De acordo com o delegado da Polícia Federal Henrique Silveira Rosa, uma agência bancária só pode ser aberta se seu plano de segurança for aprovado pela PF. Esse plano precisa ter, no mínimo, dois itens obrigatórios pela legislação do país: alarme e vigilantes.

Arli Antonio Reginaldo, delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), disse que o trabalho da polícia tem tido efeito e o número de assaltos a esses estabelecimentos caiu 32%, mas que toda atitude que beneficie a coletividade é bem-vinda.

Mesmo com itens de segurança obrigatórios e queda na violência contra os bancos, Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, afirma que o debate da obrigatoriedade do uso de portas que proporcionem segurança aos trabalhadores e clientes é tão importante para a categoria como o debate sobre empregos e salários, pois muitos funcionários estão afastados por sofrerem da Síndrome do Pânico, desencadeada por assaltos nos ambientes de trabalho. "Em 1983, o uso de coletes à prova de balas por vigilantes bancários era opcional, hoje é obrigatório", explicou Marcolino.

Já o diretor setorial de segurança bancária da Febraban, Pedro Oscar Viotto, acredita que essa obrigatoriedade pode não resolver o problema. Para ele, os assaltantes podem usar simulacros: "entram com armas de brinquedo e dentro da agência rendem o vigilante e roubam a arma dele; podem forçar alguém a liberar sua entrada; ou ingressar na agência com documentos falsos de policiais".

"Atualmente apenas a Caixa Econômica Federal possui portas de segurança em quase 100% das agências. Já os bancos Unibanco, Nossa Caixa e Banco do Brasil possuem poucas agências com esse sistema", afirmou Olímpio Gomes, lembrando que isso é insatisfatório para a segurança.

Cido Sério espera que o governador se sensibilize com a importância do projeto, sancionando a lei.

alesp