O bloco final de participações na audiência pública de Bragança Paulista está se encerrando. Benedito Gilkis, vereador de Joanópolis, cobrou o ressarcimento financeiro garantido na Constituição a municípios que tenham áreas alagadas para constituir represas que abastecem os grandes centros urbanos.O prefeito de Bom Jesus dos Perdões, Carlos Riginik Jr, quer aporte de recursos para incrementar o turismo religioso na sua cidade. Os deputados Mário Reali, Sebastião Arcanjo e Waldir Agnello se pronunciaram após a fala dos cidadãos que representaram um público que, ao final da reunião, chegava a mais de 400 pessoas. Reali explicou o trabalho da Comissão de Finanças e Orçamento e o que lhe compete na elaboração do orçamento. Arcanjo resumiu as demandas regionais, enfatizando o saneamento básico deficitário da região. Agnello reforçou a responsabilidade que a comissão tem ao avaliar as reivindicações e responder aos cidadãos.Enio Tatto explicou que as audiências regionalizadas são importantes para mostrar as prioridades de cada região. "Um técnico da Secretaria de Planejamento jamais vai poder imaginar o que realmente é fundamental para cada cidade do Estado."O vice-presidente da comissão também quer diminuir a reserva orçamentária, atualmente da ordem de 5% do valor total de 70 bilhões anuais. "Por que esse dinheiro não pode ser destinado a demandas regionais ao invés de ficar no caixa do Estado?" Família ChedidA reunião em Bragança foi encerrada com a participação de dois integrantes da família Chedid. O prefeito da cidade, Jesus, e o relator do orçamento, deputado Edmir. O prefeito afirmou que todas as sugestões são justas e que não houve reunião similar, tão representativa, em sua cidade. Cumprimentou a iniciativa, pedindo verbas para a conclusão do Hospital Bom Jesus, instalação de universidade pública, pavimentação asfáltica para estradas de ligação a Vargem e a Morungaba. Defendeu o atendimento aos pedidos feitos por representantes dos outros municípios.O relator do orçamento, Edmir Chedid, informou que muitas regiões não têm representação na Assembléia. "Como ficam encaminhados os pedidos dessas localidades?" questionou Chedid, explicando a importância das audiências presenciais. "Não é preciso que autoridades municipais implorem ao governo do Estado recursos se eles tiverem suas sugestões ouvidas pela comissão."Segundo o deputado, a maioria das pessoas demonstraram preocupação com o saneamento básico. "Há 30 anos a Sabesp toma conta dos serviços de distribuição de água e, apesar de a região ser muito bem servida por represas e rios, falta água tratada em muitos municípios."O deputado abordou ainda cada item que foi colocado durante toda a audiência pública, que teve mais de 180 formulários preenchidos com sugestões populares ao orçamento estadual.