DA ASSESSORIA A Frente Parlamentar pela Energia Limpa e Renovável, lançada na segunda-feira, 2/10, na Assembléia Legislativa de São Paulo, pretende aproveitar os diferenciais positivos da matriz energética brasileira, uma das mais limpas do planeta. Participaram do ato de lançamento cerca de 300 pessoas entre empresários, representantes da comunidade científica, trabalhadores, prefeitos, vereadores e deputados.Coordenada pelo deputado estadual Arnaldo Jardim (PPS), ela é fruto da decisão do colégio de líderes do parlamento paulista e reúne representantes de todos os partidos, que deverão trabalhar numa agenda já definida e que, entre outras coisas, prevê articulação entre os diversos agentes (governo, indústria automobilística, revendedores, consumidores, produtores de álcool etc.) para retomar a produção de carros a álcool; medidas de estímulo à co-geração de energia elétrica a partir da biomassa; exportação de álcool combustível e incentivo à pesquisa científica visando a inovação tecnológica no campo das energias alternativas. O presidente da Assembléia Legislativa, Walter Feldman, abriu a reunião com a leitura dos princípios que justificam a decisão dos deputados estaduais paulistas constituírem a Frente Parlamentar pela Energia Limpa e Renovável para atuar em "prol do incremento da produção e utilização dessa energia, estimulando o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida". Dentre as motivações, estão as definições decorrentes do protocolo de Kyoto, que indicam a busca de alternativas aos combustíveis fósseis; o combate ao efeito estufa, agenda prioritária no mundo; e o uso sustentado de recursos naturais como importante vetor de crescimento e diversificação de negócios.Fizeram uso da palavra Roberto Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única), Francisco Romeu Landi, presidente do Conselho da Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), Lourival Mônaco, secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Manoel Ortolan, presidente da Organização dos Plantadores de Cana no Estado de São Paulo (Orplana), o presidente da Força Sindical, Francisco Pereira de Sousa, além de diversos parlamentares.Segundo o deputado Arnaldo Jardim, coordenador da Frente, o próximo passo será a constituição de um conselho, com representantes dos partidos da Casa para conferir agilidade aos trabalhos, entre os quais está a organização de reuniões sobre temas específicos, com a participação de especialistas de cada um dos setores, obedecendo agenda previamente definida. "Vamos agora trabalhar em questões muito concretas, como a retomada do carro a álcool, a expansão da co-geração de energia em São Paulo e o desenvolvimento científico e tecnológico, apostando em alternativas como as chamadas de célula de energia, a partir de fontes renováveis como o álcool".