Assembléia realiza palestra sobre dengue

(com fotos)
01/03/2002 19:20

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DA REDAÇÃO

O Serviço Técnico de Medicina e Saúde no Trabalho da Assembléia Legislativa promoveu nesta sexta-feira, 1º de março, palestra sobre a dengue, ministrada pelo médico Moacir Eleutério.

Segundo o médico, a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, de etiologia viral e transmissível através da picada do mosquito Aedes aegypt. Para a disseminação o mosquito tem que picar alguém contaminado e então picar outra pessoa, num prazo de cerca de oito dias, que receberá o vírus.

Focos e áreas de incidência

Há 15 anos existe foco de dengue no Estado. A fêmea deposita seus ovos, que secos podem resistir por um ano, em poças rasas de água limpa acumulada em garrafas, pneus, suportes de vasos e latas entre outros. O combate se torna difícil porque o mosquito distribui os ovos em vários pontos.

A dengue se espalha com facilidade no verão, uma vez que o Aedes gosta de altas temperaturas. O horário de maior perigo de contágio é de manhã cedo e no final da tarde. O mosquito vive mais que outros insetos, aproximadamente, um mês.

Em São Paulo, a epidemia foi dificultada pela constante variação de temperatura e pela ausência de água limpa. As áreas de maior incidência no Estado são as regiões de Ribeirão Preto e do Litoral Norte. Na Capital, a maior incidência da doença acontece na Zona Norte, porém há muitos focos no Jabaquara, nas localidades próximas à rodovia dos Imigrantes.

Tratamento, sintomas e combate

Há dois tipos de dengue no Estado de São Paulo. A doença se manifesta com dor de cabeça e muscular, náuseas e pequenas hemorragias nas mucosas.

Não há forma de tratamento, ou seja, não existem medicamentos específicos para a dengue nem tampouco vacina. Recomenda-se que não seja ministrado ácido acetilsalicílico (AAS), pois o ácido potencializa a hemorragia.

A Capital já conta com 308 casos autóctones (próprios do local) e uma pessoa morreu em Piracicaba. Porém, a grande maioria das pessoas contaminadas contraíram a doença fora do Estado.

A dedetização é ineficaz porque o mosquito cria resistência. Não existe predador natural e repelentes não podem ser usados freqüentemente, pois causam irritação na pele. O ideal é que sejam banidos os pontos que acumulam água parada e limpa.

alesp