Através de uma linguagem onírico-imaginativa, Ester Terra interioriza forma e cor

Acervo Artístico: Emanuel von Lauenstein Massarani
11/01/2005 14:00

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Submetendo a realidade através de uma linguagem onírico-imaginativa pessoal, a pintora Ester Terra, emerge num habitat petrificado e silencioso: paredes, casas, concreto, constituem a realidade de sua obra. Numa resenha sempre renovada, a artista examina todos os elementos do dia-a-dia e eis que faz surgir imagens enfocadas por luzes frias que impressionam.

Uma das qualidades mais sólidas dessa pintora é, exatamente, a de saber observar, de sentir interiormente, as visões que lhe são próximas. Esse elemento a reuniu, desde o início, na busca de uma visão global que as colocasse em relação provocando efeitos expressivos, de conformidade com a prevalência de cada uma delas.

Ester Terra desenvolve uma pintura complexa mas agradável. Graças a seus dotes artísticos sabe administrar sua habilidade instrumental sem se exceder e sem se deixar envolver na facilidade e na ligeireza que a convivência com o tema possa induzi-la. Ela coordena uma operação sincera, ligada não só ao seu "modus vivendi" mas sobre tudo ao seu pensamento, isto é, ao seu sentir que enfrenta com lucidez intelectual.

O êxito mais evidente é a superação da realidade objetiva, isto é, das regras da reprodução do real: superação que acrescenta à facilidade da elaboração dos campos cromáticos e do refinado jogo dos efeitos, numa ótica toda particular e inconfundível.

As duas obras "Sem Titulo", doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, demonstram que o salto qualitativo dessa artista é relevante, uma vez que conseguiu levar a bom termo aquele processo de interiorização da forma e da cor que está na base de sua pintura informal e abstrata. Com evidente autocrítica, Ester Terra alcançou seus objetivos, sem concessões, sem se perder e sem se envolver em acostamentos puramente casuais e meramente decorativos.



A Artista

Ester Terra nasceu em São Paulo no ano de 1953. Iniciou-se nas artes plásticas por volta de 1970. Após uma incursão na arte do vitral acabou fixando-se na pintura em óleo sobre tela.

Formou-se pela Academia Brasileira de Artes na cidade de São Paulo e realizou diversas viagens de estudo visitando Museus e ateliers de artistas na França, Inglaterra, Espanha, Itália, Holanda, Alemanha, Portugal, Suécia, China e Estados Unidos.

Regressando ao Brasil, viveu alguns anos em Cabo Frio, RJ, e posteriormente em Belo Horizonte, MG. Atualmente fixou residência em Santos onde estabeleceu seu próprio atelier.

Entre as exposições que realizou merecem destaque as da: Casa da Cultura de Búzios, RJ; Atelier Jô de Almeida, Búzios, RJ; Galeria Ateliê de Ofícios, Belo Horizonte, MG; Casa da Cultura de Três Corações, MG e na Galeria Santista, Santos, SP.

Possui obras em diversas coleções particulares do Brasil e no exterior além do Acervo Artístico da Assembléia Legislativa.

alesp