Mortalidade infantil na Baixada Santista


23/06/2003 15:00

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi



A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) pediu ao governo estadual que amplie os investimentos para intensificar os programas de acompanhamento e prevenção das doenças neonatais na Baixada Santista. Ela se diz preocupada com os resultados da pesquisa da Fundação Seade, que coloca a região como a segunda do Estado com maior incidência de mortalidade infantil.

Segundo a parlamentar, o resultado está diretamente ligado a um ranking divulgado recentemente pela Secretaria de Saúde, que coloca a Baixada entre as 12 regiões de São Paulo com piores indicadores de saúde da mulher. "Ao contrário da tendência de redução na média estadual, a região apresentou uma ligeira elevação nesse índice em relação ao número divulgado em 2002", ressalta.

Prandi afirma que o índice detectado na Baixada está acima daquele considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 mortes para cada mil nascidos vivos. "Todos esses fatores indicam que há falhas no atendimento das gestantes, desde o acompanhamento pré-natal, passando pelo momento do parto e chegando aos períodos neonatal e pós-neonatal.

"Por que não investir em agentes comunitários, que têm melhores condições de atuar nas comunidades mais carentes?", questiona Maria Lúcia Prandi, ressaltando a importância das campanhas de aleitamento materno, associadas a um trabalho de reforço nutricional das gestantes e das mães em período de amamentação.

Prandi também está reivindicando a aceleração das medidas para ampliar o número de leitos de UTI neonatal, que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Conforme aponta a Divisão Regional de Saúde (DIR-19), das nove cidades da Baixada, apenas quatro oferecem estes leitos, que totalizam 44 unidades para atender a demanda de toda região.



mlprandi@al.sp.gov.br

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