QUANDO UM GOVERNADOR É REJEITADO - OPINIÃO

Afanasio Jazadji*
30/08/2000 16:25

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Pesquisas de opinião pública servem para conferir o prestígio dos governadores junto à população que os elegeu. Não basta ganhar uma eleição: é preciso honrar as promessas de campanha eleitoral e ter um desempenho político e administrativo em defesa dos interesses da população de todo o Estado. Você está satisfeito com seu governador? Esta pergunta foi feita recentemente numa pesquisa em dez Estados do país e o melhor índice de aprovação foi conseguido pelo governador do Ceará, Tasso Jereissati. Somando-se as respostas de quem considera o governador ótimo ou bom, Jereissati alcançou o índice expressivo de 71%. E sabem quem aparece em último lugar nessa lista de governadores? Isso mesmo: é aquele que vocês imaginavam. Mário Covas dá um título negativo para São Paulo, como o governador mais rejeitado entre os que comandam os dez Estados pesquisados: o índice de ótimo e bom de Covas, que já era bem baixo, caiu de 24% para 20% por causa de incidentes com manifestantes e da assustadora criminalidade. Mário Covas aparece abaixo até mesmo de Anthony Garotinho, do Rio, que vê seu prestígio despencar nos últimos meses, e perde também de Itamar Franco, de Minas. O povo é sábio: os mesmos eleitores que concedem prestígio têm a sabedoria de retirar a adesão ao longo do tempo. A melhor maneira de aferir a credibilidade de um político é submetê-lo a uma eleição. Na falta de uma eleição, as pesquisas de opinião pública cumprem importante papel. A condenação de Mário Covas nessa pesquisa sobre gestões de governadores é a confirmação de que a falta de rumo de São Paulo assusta muita gente.

*Afanasio Jazadji é radialista e deputado estadual pelo PFL

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