Dia Mundial do Combate ao Câncer


07/04/2011 16:17

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No dia 8/4 se comemora o Dia Mundial do Combate ao Câncer, e para mim essa data é um tanto especial porque, em primeiro lugar, remete à luta que o ex-vice-presidente José Alencar travou contra essa doença. Além disso, em 2008 apresentei o Projeto de lei 287, que autoriza o Poder Executivo a disponibilizar, nas unidades de saúde do Estado, a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) e o câncer de colo de útero.

O PL recebeu muitos elogios inclusive de homens preocupados com a saúde de suas filhas, mas ainda está em tramitação na Assembleia, aguardando ser votado. Estimativas mostram que a cada dois minutos uma mulher morre de câncer de colo de útero no mundo. A vacina é quase 100% eficaz e é fundamental utilizá-la na prevenção do câncer, e creio que isso seja mais importante que qualquer custo envolvendo a compra do produto.

O projeto já recebeu parecer favorável das comissões de Constituição e Justiça, Saúde e Higiene e de Finanças e Orçamento. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, esse é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres brasileiras. O contato sexual é a maneira mais comum de contágio, mas existem outras formas de transmissão.

Hoje, o câncer é uma das doenças mais temidas, e nas últimas décadas o risco de uma pessoa desenvolver a doença teve um aumento considerável. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer foi responsável por 7,6 milhões de mortes ocorridas no mundo, o que representaria 13% de todos os óbitos. Os tipos de câncer com maior mortalidade foram pulmão, estômago, fígado, cólon e mama. Do total de óbitos ocorridos em 2005, mais de 70% aconteceram em países de média ou baixa renda.

Estimativas mostram um dado não muito satisfatório, o de que em 2020 o número de casos novos por ano chegue a 15 milhões, sendo que cerca de 60% surgirá em países em desenvolvimento. É fundamental a prevenção para combater a doença: pelo menos um terço dos casos de câncer do mundo poderia ter sido prevenido. O câncer é um conjunto de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Essas células podem ser muito agressivas a ponto de formar tumores.

A maioria dos casos de câncer ainda está relacionada ao meio ambiente, aos hábitos e estilo de vida. O tabagismo e o excesso de exposição ao sol, por exemplo, podem provocar, respectivamente, câncer no pulmão e de pele. Por isso, em 2009, apresentei o PL 641, que proíbe a utilização indiscriminada de câmaras de bronzeamento artificial em clínicas e salões de estética no Estado de São Paulo sem a prescrição e o acompanhamento de um médico dermatologista. Felizmente, por determinação da Anvisa, foi proibido definitivamente o uso destes equipamento. Especialistas da International Agency for Research on Cancer mostraram que uso de equipamentos de bronzeamento artificial é cancerígeno e aumenta em até 75% o risco de desenvolver o melanoma.

Espero agora ver o PL 287/2008 sobre a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) e o câncer de colo de útero transformado em norma no Estado de São Paulo. Enquanto isso é fundamental prevenir, ir ao médico com frequência e evitar hábitos de risco como o tabagismo, excesso de exposição ao sol e falta de uso de protetor solar.



*Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB e presidente estadual do partido.

alesp