Secretário Senna Frederico afirma que Região Metropolitana de São Paulo será dividida


24/08/2000 15:27

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"Ainda neste segundo semestre a Secretaria dos Transportes Metropolitanos vai enviar à Assembléia projeto de lei que propõe a divisão da Região Metropolitana de São Paulo em 8 sub-regiões", declarou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico, aos deputados membros da Comissão de Fiscalização e Controle, presidida por Edmir Chedid (PFL), em reunião realizada nesta quinta-feira, 24/8, no plenário José Bonifácio.

Segundo o secretário, essa é uma tentativa de fazer a Região Metropolitana se adequar às qualidades e características que cada sub-região tem. "Não existe um responsável pela região, mas entidades que devem chegar a um acordo. A região deve crescer e ser do jeito que ela quiser", comentou.

Com a aprovação do projeto, o Conselho Deliberativo da Grande São Paulo (Codegran) e o Conselho Consultivo Metropolitano de Desenvolvimento Integrado (Consulti) devem ser extintos, passando a vigorar os Conselhos de Desenvolvimento, que serão órgãos deliberativos e "promoverão o desenvolvimento de suas especificidades", enfatizou Frederico, citando o exemplo do Conselho da Região Metropolitana da Baixada Santista, que procura valorizar o aspecto turístico do local.

Frederico abordou a questão do Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (Fumefi), que transfere recursos a fundo perdido aos municípios para que eles desenvolvam seus projetos. Nos últimos três anos, as transferências estão em torno de R$ 180 milhões, usando como critério a avaliação dos projetos de relevância social existentes no município e as obras já em andamento.

Tarifas. Frederico reconheceu que "as tarifas de transporte público no município de São Paulo são as que mais cresceram, inclusive acima da inflação". Ele procurou justificar tais aumentos dizendo que "o transporte sobre pneus não tem tido investimento estrutural, reduzindo, com isso, a velocidade média de deslocação, e que o Metrô tem estrutura para ser mais barato, mas 70% do que arrecada vai para o crescente custeio da mão-de-obra".

alesp