Deputada protesta contra assassinato de vítima em operação da PM


11/04/2005 11:06

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) enviou ofício à Ouvidoria da Polícia, protestando contra o assassinato do jovem Luiz Francisco da Costa Batista, 22 anos, negro, durante uma ocorrência policial na manhã de quinta-feira, 7/4, na zona sul de São Paulo. A casa em que se encontrava foi invadida por dois assaltantes. Ao correr atrás de um dos ladrões, Batista foi alvejado "por engano" duas vezes por um dos soldados, que o teria "confundido" como um dos suspeitos.

"Por trás desse novo `engano´ há, sem dúvida, o preconceito racial que continua arraigado na Polícia de São Paulo. Por ser negro, Batista foi logo classificado como suspeito e assassinado impiedosamente", enfatiza a deputada Prandi. Para ela, este episódio reforça a necessidade de uma qualificação antidiscriminatória na formação dos policiais.

A parlamentar lembra que a morte de Batista é muito semelhante ao assassinato do dentista Flávio Ferreira Sant´ana, em fevereiro do ano passado.

Cargo vago

A deputada também enviou ofício ao governador Geraldo Alckmin, cobrando rapidez na nomeação de um novo ouvidor para a polícia paulista. O cargo está vago desde 14 de março, quando o ex-ouvidor Itagiba Farias Ferreira Cravo, foi demitido após se envolver em um acidente automobilístico na Rodovia Rio-Santos, que resultou na morte do empresário Luiz dos Santos Rodrigues. Há suspeita de que Itagiba estivesse dirigindo embriagado.

Segundo apurou a parlamentar, uma lista tríplice estaria sendo elaborada pelo Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana para ser enviada ao governador, que, a partir daí, irá escolher o novo ouvidor. "É preciso haver cuidado para se chegar aos nomes propostos. Mas, ao mesmo tempo, é necessário celeridade. Um cargo tão importante não pode permanecer vago, sob pena de comprometer as ações da Ouvidoria", conclui a deputada Maria Lúcia Prandi.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp