Professores decidem pela manutenção da greve


30/06/2008 20:19

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Em mais uma manifestação pelas ruas da capital paulista, milhares de professores da rede estadual decidiram, nesta sexta-feira, 27/6, continuar a paralisação do trabalho.

As pequenas e insuficientes mudanças feitas pelo governo no Decreto 53.037/2008 e o ínfimo reajuste de 5% nos salários do magistério contribuíram para que, em nova assembléia, os educadores optassem pela manutenção da greve. Em jogo também estão as demandas do magistério público estadual, como a incorporação das gratificações aos salários com extensão aos aposentados, concurso público para todas as disciplinas, plano de carreira, fim da aprovação automática, extensão do Adicional de Local de Exercício (ALE) para todas as unidades, gestão democrática e autonomia da escola, fim da superlotação e melhores condições de trabalho, entre outras.

O deputado Carlos Giannazi (PSOL), membro da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, apóia a pauta de reivindicações do professorado paulista. Ele esteve presente na avenida Paulista, local de concentração dos profissionais da Educação, e disse que o governo faz propaganda enganosa para a opinião pública, divulgando um aumento de 12% quando, na verdade, o reajuste proposto foi de apenas 5%, muito aquém das perdas e da inflação acumulada.

O deputado lembrou que, nesta mesma semana, o governador José Serra autorizou o aumento de até 20% para os pedágios das estradas paulistas, índice bem acima da inflação e, no entanto, concede só concede 5% de reajuste ao professorado. "Isso é uma afronta aos professores e à escola pública", argumentou. O parlamentar apresentará emendas ao projeto do Executivo para que o reajuste seja de 50%.



carlosgiannazi@uol.com.br

alesp