Setenta e seis dias de paralisação nesta quarta-feira, e o impasse entre o governo estadual e as escolas técnicas e tecnológicas do Centro Paula Souza ainda não teve desfecho. Para a deputada Maria Lúcia Prandi (PT), isso caracteriza o "desrespeito do governo Geraldo Alckmin para com o ensino técnico e tecnológico de nosso Estado", pois os alunos do sistema estão sem aulas e houve a redução de 11 mil vagas nas ETs e Fatecs. Segundo Prandi, o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, atendeu ao convite da Comissão de Educação e fez uma exposição sobre o assunto, ocasião em que foi criada uma subcomissão para tratar da crise. Porém, até então o secretário não havia atendido a representantes do movimento. Somente quando a greve fez 60 dias, a subcomissão de deputados foi recebida juntamente com representantes das Escolas Técnicas e das Faculdades de Tecnologia, e a resposta foi que é preciso esperar meados de maio para se ter o volume de arrecadação do quadrimestre, o que, em tese, permitiria que se calculasse algum reajuste salarial. No Diário Oficial de 20/4, foi publicado edital de abertura de inscrições para professores do sistema: a hora-aula é remunerada a R$4,26.