O deputado Wagner Lino (PT), que foi candidato da esquerda do PT

para a presidência do Diretório Estadual em setembro de 2001, é contra a

expulsão do vereador e colega de partido, Carlos Gianazzi.

O deputado afirma que o PT, desde sua fundação, considera a educação como

fundamental para a melhoria de vida da população. Para ele, a defesa da

educação como prioridade não se restringe ao PT, mas é uma luta de todos

os educadores preocupados com o papel da educação na sociedade e isso

fez com que a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas dos Municípios,

garantissem a obrigatoriedade da destinação de um percentual mínimo da

receita proveniente de impostos para o investimento público em

educação. Por isso, a Constituição Federal fixou esse percentual em 18%, a

LDB em 25% e a Lei Orgânica do Município de São Paulo estabeleceu a

previsão de 30%.

"O vereador Carlos Gianazzi foi coerente com esse amplo movimento pela

educação e votou contra a mudança da LOM. Com esta modificação o

percentual para as atividades educativas foi diminuído, já que 5% são

destinados aos programas sociais", afirma Lino. Segundo o deputado, "Gianazzi defendeu as idéias da maioria dos educadores e do próprio PT, se for aprovada sua expulsão será uma decisão arbitrária e inquisitorial".