Os deputados Vanderlei Siraque, vice-presidente da Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, e Simão Pedro (ambos do PT) visitaram, em 12/7, a cadeia pública de Mogi-Guaçu, município situado 166 km da capital. Os parlamentares constataram a veracidade das denúncias de superlotação feitas há duas semanas por moradores da cidade.

Segundo o diretor da cadeia, José Emídio Carvalho da Silva, o estabelecimento " projetado para comportar 24 detentos " estava com 117, mas já chegou a abrigar 212. "Como o juiz-corregedor da cidade interditou o local, não recebemos mais presos. Alguns já foram transferidos", afirmou o delegado.

Para Siraque, mesmo com a transferência de alguns presos, a cadeia continua abarrotada e os detentos estão amontoados. "É inadmissível que o local esteja com dez vezes mais presos que sua capacidade", destacou. O deputado afirma também que a cadeia é rodeada por quatro escolas, o que coloca em risco a segurança de pais e alunos.

Os próprios detentos relataram aos parlamentares os problemas enfrentados naquele local, apontando, além da superlotação, deficiências nas acomodações e falta de medicamentos. Outra queixa refere-se ao cumprimento das penas. Alguns presos reclamam que já cumpriram a punição e outros alegam que poderiam ter sido beneficiados pela progressão de regime de cumprimento de pena (do fechado para o semi-aberto ou aberto).

Em seguida, os parlamentares foram até o fórum do município, onde fizeram a denúncia à promotora Carolina Carvalho Ferreira Nassa. Siraque espera que a justiça tome rápidas providências e dê respostas satisfatórias à população.



vsiraque@al.sp.gov.br