Diariamente, centenas de cidadãos, de ambos os sexos, das mais variadas idades, são vítimas de marginais em todos os cantos deste Estado e, especialmente, em praças, parques ou qualquer área utilizada pela população para atividades de lazer.

Tempos atrás, passear em praças e parques era prazer. Hoje é puro temor. Pessoas de bem, quando não assaltadas, ou vítimas de estupro, são obrigadas a presenciar atos nada recomendáveis nessas praças e parques que, por falta de policiamento e por ser local ermo, acabam se tornando ponto de traficantes, receptadores, prostitutas e aglomerado de menores infratores que, muitas vezes despidos, mergulham nos lagos ou chafarizes existentes, praticando atos obscenos uns com outros, expondo ostensivamente suas genitálias, em total desrespeito aos que por lá transitam.

Propusemos, através do projeto de lei 144, de 2002, a criação de Bases Comunitárias da Polícia Militar, em cada uma das praças e parques com área superior a 10.000 m2 (dez mil metros quadrados), utilizados em atividades de lazer pela população.

Com essa medida, esperamos dar um basta aos grupos que usam tais locais para fumar maconha, cheirar cocaína e até utilizar crack, sem a menor cerimônia diante de cidadãos de bem, ou mesmo servir de esconderijo para bandos e quadrilhas.

Bases Comunitárias da Polícia Militar já existentes em algumas praças e parques, embora em número reduzido, puseram fim a essas condutas criminosas, varrendo os marginais dos locais freqüentados por famílias.

* Milton Vieira é deputado pelo PFL.