O deputado Baleia Rossi, líder do PMDB na Assembléia Legislativa, estará com o secretário dos Transportes, Mauro Arce, para avaliar a possibilidade de as empresas concessionárias de rodovias paulistas assumirem, o mais rápido possível, a responsabilidade pela recuperação e preservação das estradas vicinais do Estado, que se encontram, em sua maioria, sem condições de tráfego.

Autor de um projeto de lei que propõe essa solução para reverter o longo processo de deterioração daquelas vias, Baleia Rossi explicou que a medida é viável antes mesmo da aprovação de sua proposta, depois que o governador José Serra declarou considerar justa e possível a participação direta das concessionárias nesse trabalho, como contrapartida dos lucros que auferem na cobrança de pedágio. "O mais importante é que o governador demonstrou vontade política para levar esta idéia adiante, propondo-se, inclusive, a negociar essa proposta diretamente com as empresas responsáveis pela cobrança de pedágio nas mais importantes rodovias do nosso Estado."

Segundo Baleia Rossi, a partir da segunda metade da década de 90, o governo estadual praticamente transferiu para os municípios a responsabilidade pela conservação das estradas vicinais, mas as prefeituras jamais ostentaram as mínimas condições financeiras para arcar com mais essa despesa. "O resultado foi o completo abandono dessas vias, que atualmente estão esburacadas, sem oferecer condições de tráfego, sendo palco de inúmeros acidentes, muitos com vítimas fatais, e dificultando o escoamento da produção agrícola no nosso Estado", argumenta o deputado.

O líder do PMDB fez questão de deixar claro que não há, tanto no que diz respeito ao seu projeto de lei quanto no teor das declarações do governador do Estado, qualquer desejo de punir ou onerar as empresas concessionárias de rodovias paulistas. "Numa sociedade democrática e justa, é normal que empresas que lucram com atividades originalmente públicas transfiram uma pequena parte de seus ganhos à melhoria da qualidade de vida da comunidade a que pertencem", avalia.

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