O deputado Simão Pedro, em parceria com o Instituto Futuro e o Grupo 14 de Março, realizará ato solene com a finalidade de comemorar os sete anos da retirada israelense do Líbano. A cerimônia, que acontece na próxima quinta-feira, 24/5, às 20 h, no Auditório Franco Montoro, contará com as presenças dos deputados do Líbano, Wael Abu Faour e Jamal Jarrah.

O dia 24 de maio é o feriado nacional do Líbano e será sempre lembrado pelo povo libanês como o dia da libertação. Há sete anos, no dia 24 de maio de 2000, Israel retirou-se do sul do Líbano, encerrando 22 anos de ocupação que causou a morte de cerca de 20 mil libaneses. "Como defensores da democracia, acreditamos e defendemos que cada nação decida o seu próprio rumo sem ingerências externas", afirmou o deputado Simão Pedro.

A retirada do exército de Israel foi comemorada com entusiasmo pelo Líbano, principalmente nos centros de detenção, verdadeiros campos de concentração mantidos por Israel, como Khiam, a prisão-símbolo da ocupação israelense. Os libaneses encarcerados em Khiam, por resistirem à ocupação israelense, foram presos sem acusação e sem direito a julgamento, sendo mantidos durante 15 anos em celas úmidas e frias e submetidos a torturas sistemáticas, segundo a Anistia Internacional e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

De acordo com grupos de direitos humanos, os horrores de Khiam ainda terão de ser descritos por completo. Espancamentos e choques elétricos eram parte da rotina da prisão. Os prisioneiros eram freqüentemente pendurados por horas nos postes e golpeados na cabeça e na genitália com bastões de aço.

A relação entre os povos libanês e brasileiro foi iniciada com a chegada de milhares de libaneses ao Brasil no final do século XIX e no início do século XX. Fugindo da opressão, da miséria e das guerras do império otomano, "os libaneses encontraram no Brasil uma acolhida única no mundo, que fez do país a principal colônia libanesa do planeta. Hoje são cerca de seis milhões de descendentes, muitos dos quais exercendo papéis importantes na vida política e econômica do Brasil", explica Simão Pedro.

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