AME: uma necessidade para Taubaté


20/05/2008 15:25

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As cidades de São José dos Campos, Lorena e Caraguatatuba saíram na frente de Taubaté na implantação do Ambulatório Médico de Especialidades (AME). É o resultado de uma luta da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, que tem se preocupado constantemente com a questão da saúde na região.



Graças ao apoio das prefeituras de São José dos Campos e Caraguatatuba e da Santa Casa de Lorena, esta parceria com o Governo do Estado de São Paulo logo estará atendendo ao povo destas cidades. No primeiro AME instalado no interior do Estado, na cidade de Votuporanga, cerca de 15 mil consultas são realizadas por mês e mais de 5 mil exames são feitos nas 31 especialidades oferecidas à população.



Infelizmente, o povo de Taubaté não poderá contar com os serviços da AME tão cedo. Devido à falta de empenho da Prefeitura, nenhum local foi definido até agora para receber as instalações da AME em nossa cidade. Isso nos preocupa, pois não podemos perder esse importante investimento para outra cidade. Afinal, Taubaté concentra o atendimento de toda a região, o que vem provocando sobrecarga nos hospitais de nossa cidade.



A expectativa é de que o AME em Taubaté realize cerca de 20 mil consultas por mês e 10 mil exames de média e alta complexidade, desde um simples raio-X e até outros de alto custo, como ressonância magnética e tomografia computadorizada. O AME também poderá oferecer especialidades não-médicas, como fisioterapia, fonoaudióloga e psicologia.



O Ambulatório funcionaria para atender a demanda de exames difíceis de serem realizados por falta de vagas nos hospitais de nossa cidade, além de agilizar os diagnósticos e tratamentos preventivos de diversas doenças.



Mas, apesar de todas essas vantagens e benefícios para a população taubateana, parece que a Prefeitura não percebe os problemas que atingem o sistema de saúde da cidade. O AME deveria ser uma prioridade para a atual administração. E a definição de onde será instalado o ambulatório deveria acontecer o mais rápido possível.



O que parece é que o prefeito Roberto Peixoto não sabe que o AME não terá custos futuros para a cidade. O convênio entre o Estado e as prefeituras exige apenas que o município ofereça um prédio reformado ou a construção de um prédio novo, capaz de receber todos os equipamentos necessários. O Estado entra com a contratação do pessoal e os parceiros para a administração, além de equipar todo o ambulatório.



Os custos para a Prefeitura, portanto, são mínimos e quem sai ganhando com o AME é a população de Taubaté, que passa a contar com um atendimento de alto nível. Também o Hospital Universitário e o Hospital Regional ganham, porque poderiam desafogar seus ambulatórios e seu pronto-socorro, abrindo espaço para suprir a demanda reprimida.



Agora é esperar para ver qual decisão o prefeito Roberto Peixoto irá tomar e torcer para que ele reconheça que quem sai ganhando é o povo.





*Afonso Lobato é deputado estadual pelo Partido Verde, advogado e presidente da Frente Parlamentar de Apoio aos municípios do Vale do Paraíba, Mantiqueira e Litoral Norte.

alesp