Novos coordenadores podem ser os primeiros investigados por CPI do sistema prisional


14/05/2001 16:35

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Os novos coordenadores de unidades prisionais podem ser os primeiros a serem investigados pela CPI do sistema prisional da Assembléia Legislativa. Mesmo antes do início dos trabalhos da comissão, o deputado estadual Wagner Lino (PT) entrou com requerimento de informações ao secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, sobre os coordenadores nomeados na última quarta-feira, 9/5.

O deputado quer informações desde a formação profissional de cada um dos nomeados, até a possibilidade de sindicâncias ou processos abertos contra os cinco novos coordenadores. A ação foi tomada por existir denúncias contra dois dos coordenadores: Carlos Alberto Corade, nomeado para coordenar as unidades do Vale do Paraíba e do Litoral e Marco Antonio Feitosa, que coordenará as unidades da região central do Estado.

Segundo as denúncias, Corade responde por 19 processos administrativos. São enumeradas 38 irregularidades, entre elas a facilitação de fuga, prevaricação, uso de dinheiro resultante do trabalho de presos e a permissão de que empresas "fantasmas" utilizassem o serviço dos detentos. Corade teria, inclusive, confirmado que é alvo de processos administrativos, mas alegou que não há provas que sustentem as acusações.

Quanto a Feitosa, que alega desconhecer o processo administrativo, é acusado de uso de veículos oficiais e de omissão de socorro a um detento. Apesar de Feitosa negar, a Secretaria de Administração Penitenciária teria confirmado a existência do processo de número 489/99.

Segundo o deputado, o fato é preocupante, pois a má administração é um dos motivos detectados pela CPI prisional encerrada em 1996, da qual ele foi relator, da ocorrência de rebeliões de presos.

(Mais informações, ligue para o gabinete do deputado Wagner Lino - 3886-6842/6853)

alesp