Da Tribuna


05/04/2011 18:43

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Enchentes



Vitor Sapienza (PPS) falou sobre as enchentes na marginal Tietê e suas consequências. Segundo ele, após a retificação e loteamento da várzea do rio Tietê, as inundações só pioraram. Ele ainda lembrou que o governador Alckmin fez o rebaixamento da calha do rio, mas isso não bastou para solucionar o problema. "Nos nos deparamos com lixo, móveis jogados no rio... tudo isso obstrui o curso natural das águas. E, infelizmente, não há uma solução a curto prazo. Precisamos bater na tecla da educação", alertou. (DK)



Polícia Militar



"Por meio de ação judicial da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado, determinou-se a correção no holerite dos policias", disse Olimpio Gomes (PDT), referindo-se ao Adicional de Insalubridade, que voltará a ser calculado com base no salário mínimo em vigor, e elogiou postura do governador Geraldo Alckmin. Gomes também leu nota de esclarecimento em que o presidente da Associação dos Oficiais da PM, o coronel da reserva Luiz Carlos dos Santos, afirmou que o loteamento onde foram encontrados cerca de 300 quilos de drogas não pertence mais à associação ou à Polícia Militar. (DK)



Fora da lei



Itamar Borges (PMDB) afirmou que há mais de 25 mil imóveis em área limítrofe à região dos Grande Lagos (Fernandópolis, Jales, Santa Fé do Sul e Votuporanga), e muitos proprietários área estão sendo autuados pelo Ibama e Conama porque os imóveis estão a menos de 100 metros da orla. "Existe uma lei específica que trata de rios e córregos, mas não há lei que trata dos lagos artificias. As ocupações existentes na região devem ser respeitadas porque os órgãos ambientais as autorizaram no passado", defendeu. (DK)



Não ao preconceito



Leci Brandão (PCdoB) desaprovou todas as formas de preconceito e mostrou-se indignada com a postura do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ). A deputada lembrou de episódio em que Bolsonaro fez comentários que, segundo Brandão, ofenderam as parcelas negra e homossexual da população. Ela ainda afirmou que a imunidade parlamentar, que garante a liberdade do político de expressar suas opiniões abertamente, "não pode proteger do abominável crime de racismo. O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons", concluiu, parafraseando Martin Luther King. (DK)



Policiais



João Antônio (PT) prestou solidariedade aos negros do país e parabenizou Leci Brandão pelo depoimento, no qual a deputada criticou Jair Bolsonaro pelo seu pronunciamento num programa de televisão. O parlamentar defendeu que é preciso colocar as posturas preconceituosas em seu devidos lugares. Depois mencionou a divisa de Ferraz de Vasconcelos com bairro do Itaim Paulista, na capital, apontando que nessa região, em um cemitério, dois policiais executaram criminoso. "Ele tinha de pagar pelo crime, mas não dessa forma, deveria ser julgado pela lei. Atitude de policiais como esses mancham o nome de todos os outros", declarou. (DV)



Unicamp



Carlos Giannazi (PSOL) agradeceu a presença de parte da comissão da Unicamp na sessão e anunciou que junto com esta, e com a movimentação dos alunos, está lutando contra a vontade do reitor, Fernando Costa, de terceirizar serviços da universidade e privatizá-la. O deputado denunciou que os funcionários que participaram de protestos têm sido punidos com inquéritos policiais, judiciários e administrativos. Giannazi retratou que em ves da Usp servir como exemplo, seu reitor também tem aplicado punições aos servidores , " estão se comportando como se ainda estivessem na ditadura". Convidou o reitor para depor em duas comissões: Educação e Direitos Humanos.(DV))



Contra as drogas 1

Jooji Hato (PMDB) mencionou que 300 quilos de cocaína foram apreendidos pela polícia no último dia 4, e citou o seminário que ocorreu na Casa em 5/4, organizado por Donisete Braga e Enio Tato, que abordou o combate ao crack e outras substâncias. Hato elogiou a iniciativa de ambos e falou que está preocupado com o uso das drogas pela população e da maneira como elas são produzidas. O deputado questionou até que ponto um traficante pode chegar para lucrar em cima dos usuários, e disse que por isso, eles adicionam às drogas com outros compostos, como adrenalina e veneno para insetos. (DV)



Santa Casa

Luis Carlos Gondim (PPS) lamentou a possibilidade de fechamento do pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo devido à defasagem da tabela do SUS. O parlamentar declarou que o hospital tem tido grandes prejuízos, e perguntou o que seria feito se a entidade deixasse de atender 600 pessoas por dia. Fez um apelo ao governador Geraldo Alckmin, à prefeitura de São Paulo e ao Ministério Público para que ajudem a equilibrar a situação. Referiu-se a população pobre do Estado e disse que esta camada será a que mais vai sofrer caso o fechamento ocorra. (DV)



Contra as drogas 2

Donisete Braga (PT) falou do seminário que aconteceu na Assembleia abordando o combate ao crack e outras drogas, com a participação de alguns parlamentares. Para Braga, antigamente quem sofria com uso de drogas eram os moradores de rua, porém, nos dias de hoje, esse mal atinge todas as camadas sociais. Agradeceu Enio Tato e a Confederação Nacional dos Municípios pela parceria e a organização do evento e prometou redigir um documento para os 94 deputados com os assuntos tratados no seminário para discussão. (DV)



Pela moradia popular

Luiz Marcolino (PT) expôs as bandeiras pelas quais lutará na Assembleia, dando destaque aos movimentos de moradia popular. Segundo ele, há áreas de interesse para o estabelecimento dessas moradias, como na região da Nova Luz, que já está ameaçada pela especulação imobiliária. Marcolino criticou o fato de a prefeitura da capital determinar metragem de 37 m² para os apartamentos populares, quando o ideal seriam 60 m², e de construir habitações populares em áreas sem infraestrutura urbana. Ele falou ainda dos dois pedidos de frente parlamentar que irá protocolar, em defesa da moradia popular e em defesa do microcrédito e da economia solidária. (MF)



Investimentos em Ribeirão Preto

A assinatura de convênio entre o governo do Estado e a USP para a instalação do Polo de Alta Tecnologia e a entrega de conjuntos habitacionais, ambas em Ribeirão Preto, foram comemoradas por Welson Gasparini (PSDB). Ele registrou sua satisfação também com a tramitação do novo Código Florestal, que considerou "adequado aos tempos em que vivemos, onde o agronegócio representa 40% da economia". Gasparini pregou a necessidade de uma reforma política, passando pela redução do número de partidos, muitos dos quais são meras legendas de aluguel. Ele ainda disse que os partidos deveriam fazer uma seleção ética de seus candidatos. (MF)



Detran e saúde

"A maior decisão do governador nesse início de gestão foi a retirada do Detran da polícia, passando-o para a Secretaria de Gestão", disse Pedro Tobias (PSDB), que falou que o secretário privilegiará o atendimento por meios eletrônicos, e que os funcionários serão concursados. Tobias reclamou da falta de reajuste da tabela SUS, pois a partir do dia 20 de cada mês os hospitais ficam atendendo em receber, o que gera prejuízos cumulativos. Em São Paulo a situação é pior, pois pessoas de todo o Brasil e de outros países vêm aqui se tratar, e é onde são feitos 60% dos transplantes, 70% das cirurgias de câncer e 80% dos atendimentos complexos no Brasil, citou o deputado. (MF)



Medicamentos de alto custo

O drama dos pacientes que precisam de medicamentos de alto custo, que chegam a custar R$ 15 mil a caixa, e que nem sempre são encontrados no SUS, foi abordado por Carlos Cezar (PSC). Apesar de ser constitucional a obrigação do Estado de zelar pela saúde dos cidadãos, isso nem sempre é cumprido, o que leva esses doentes a enfrentar "uma verdadeira maratona de horas perdidas nas entranhas da burocracia em busca da saúde". Ainda assim, esses remédios, muitas vezes obtidos na Justiça, são fornecidos por vezes sem regularidade. Cezar disse que esse desrespeito "não pode ser tolerado na sétima economia do mundo". (MF)



Enchentes na zona leste

As 30 mil famílias que terão suas casas desapropriadas para a construção do Parque Linear do Tietê não sabem ainda para onde vão, falou João Antonio (PT). Segundo ele, a população da zona leste da capital e do Alto Tietê sofre com enchentes, apesar dos R$ 3 bilhões gastos por Alckmin em 2006 para obras no rio Tietê, quando foi anunciado que o problema estaria resolvido por cem anos. Apenas cinco anos depois, o rio está assoreado, pois não foram previstas intervenções nas bacias, e nunca houve dragagem entre as barragens da Penha e de Edgar de Souza. "A zona leste e cidades vizinhas", finalizou o deputado, "inundam com qualquer chuva, pois estão abaixo do leito do rio". (MF)

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