Da Tribuna


17/06/2009 19:43

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Importância do hino nacional



Vitor Sapienza (PPS) lamentou que os atletas brasileiros não saibam cantar o Hino Nacional brasileiro. De acordo com ele, atletas de países menos desenvolvidos e com salários menores mostram mais patriotismo do que os atletas brasileiros. Sapienza destacou a importância de projeto do deputado Geraldo Vinholi (PDT), que torna obrigatória a execução do Hino Nacional em todos os eventos esportivos e aplica penalidade às confederações e clubes que deixem de cumprir a lei. O parlamentar conclamou os deputados a derrubarem o veto do governador ao projeto de Vinholi e apelou aos líderes da Casa para que o coloquem na pauta para discussão. (NS)



Agressões de adolescentes



Rafael Silva (PDT) comentou ações de um grupo de garotas entre 12 e 15 anos de Ribeirão Preto que pratica violência e agressões físicas contra outras adolescentes. Elas fazem, de acordo com ele, ameaças a garotas que são mais dedicadas, estudiosas e com melhor aparência física. Na análise do deputado, o caso sugere perda de identidade própria de garotas que são influenciadas por uma ideia de violência e passam a assumir a identidade de um grupo. Para Silva, essas garotas não têm informações para a formação de uma personalidade adequada. Com base em sua análise, o deputado ressaltou a importância da educação na formação do indivíduo. (NS)



Vergonha



Milton Flávio (PSDB) reclamou que, em 14 anos de mandato, nunca se sentira tão envergonhado pela situação embaraçosa a que foi submetido ao assumir a tribuna nesta terça-feira, 16/6. Segundo Milton Flávio, os manifestantes (cerca de 200) que ocupavam as galerias do plenário, o impediram de falar, negando um direito que lhe foi conferido pela população, e o obrigaram a ficar calado, vendo seu tempo passar. O deputado ressaltou a obrigação de os demais deputados cumprirem com seus juramentos e respeitarem a Constituição, e declarou: "Jamais imaginei que seria agredido nesta Casa com a complacência da Mesa Diretora", protestou. (NS)



Resposta



No exercício da presidência, o vice-presidente da Casa, deputado Conte Lopes (PTB), desculpou-se com Milton Flávio e afirmou que, na ocasião,tentou garantir seu direito à palavra, mas evitou determinar a retirada dos manifestantes do recinto. "Tentei acalmar os ânimos. Se errei, peço perdão" declarou. (NS)



Democracia



Considerando as declarações do deputado Milton Flávio, Carlos Giannazi (PSOL) argumentou que os servidores têm o direito à manifestação. De acordo com ele, Milton Flávio se irrita com muita facilidade e deveria aprender a conviver com a vaia que, segundo Giannazi, também faz parte da democracia. Giannazi comentou ainda que não vê Milton Flávio combater a invasão de policiais à USP ou as instalações de pedágios na sua cidade, Botucatu. (NS)



Fatos e focos



O deputado Olímpio Gomes (PV) falou sobre a manifestação que os professores fizeram ontem nas galerias e lembrou ao seu colega Milton Flávio que esta é uma casa política. "Eu mesmo vivi algumas situações. Vi líderes de bancadas pedirem ao meu líder que eu não fizesse uso da palavra", comentou. O parlamentar abordou a existência de novos erros em outra leva de material didático distribuído nas escolas da rede pública estadual. Desta vez, 50 mil mapas-mundi com erros foram distribuídos para as cinco mil escolas do Estado. "Mais um vexame com o dinheiro público." Na sua opinião, os casos deveriam ser investigados por uma CPI. (LP)



Desvio de personalidade



"Há pouco falei de um grupo de garotas de Ribeirão Preto que agridem suas colegas para fazerem parte de um turma. Para tal, os ferimentos devem sangrar", disse, perplexo, Rafael Silva (PDT). Para ele, os jovens se valem do fato de serem inimputáveis para cometerem esses atos. Na sua visão, essa é a realidade em quase todas as escolas públicas do país. "Se essas garotas tivessem formação adequada, fatos como esse não aconteceriam", ressaltou o deputado." (LP)



Infiltrados



Em resposta a Olímpio Gomes, Milton Flávio (PSDB) afirmou que não é prática do seu partido produzir "safadezas". Flávio disse que os discursos do major desrespeitam a figura do governo paulista. "Defendo esse governo com a convicção de quem o acompanha desde a ditadura militar". Flávio considera que os erros nos livros escolares devem ser apurados e diz acreditar que pessoas "infiltradas" sejam responsáveis pela confecção do material. O parlamentar também defendeu a avaliação dos candidatos a professores do Estado e comentou que "possíveis excessos dos policiais não são de responsabilidade do governo ou da reitoria da USP." (LP)



Explicação



"Desde o meu primeiro dia de mandato pleiteio a constituição de CPI para investigar o Sistema Penitenciário. Apresentei um documento com 500 páginas e consegui 38 assinaturas. O PSDB exigiu que os deputados de sua bancada retirassem suas assinaturas", disse Olímpio Gomes (PV). Afirmando não ser corrupto e lamentando o "desperdício" de dinheiro público, o deputado afirmou que, no devido tempo, deixará seu cargo de cabeça "erguida" e sem o rabo preso. O major disse, ainda, que há 15 anos, não existe a figura do soldado bolsista, como o governo informa. Quanto aos materiais didáticos, ele enfatizou que em outros países os responsáveis seriam presos. (LP)



Princípios



"Tomara que as crianças e adolescentes de todo Brasil possam receber uma biblioteca como receberam as escolas de São Paulo", afirmou o deputado Milton Flávio (PSDB), defendendo a posição de que frases inadequadas, ou não apropriadas, possivelmente por erro, não justificam o ataque feroz ao governo do Estado. Considera que o livro atacado é um missal se comparado com o que é dito na televisão e também nos livros distribuidos pelo MEC. "Não abro mão de meus princípios, e, insistir numa tese chula é desqualificar o livro e jogar fora um programa inteiro de oportunidade aos alunos", afirmou o deputado. (MA)



Despertar consciências



O deputado Rafael Silva (PDT), considerou que o debate acalorado pode demonstrar falta de conhecimento de forma geral. Para o deputado, o problema consiste na administração política existente no país, e não profissional, permitindo negociação de cargos pelos partidos maiores, resultando em desmandos e incompetências. Entende que é necessário despertar a consciência de cidadão do povo, pois cidadãos desenvolvidos resultam em uma sociedade desenvolvida que não aceita corrupção. Silva disse que a realidade brasileira é de inconsciência, e questionou se está havendo, de fato, investimento na conscientização do povo. (MA)



Audiências públicas, um avanço



Comentando as audiências públicas ocorridas nas regiões de Marília, Bauru e Sorocaba, o deputado Enio Tatto (PT), falou da receptividade encontrada na população. Os prefeitos, vereadores e a sociedade como um todo sentem-se participativos ao reivindicarem diretamente aos deputados. Porém, para Tatto é importante que as emendas dos deputados sejam acatadas. Considerou muito boa a novidade nas audiências de 2009, de o governo enviar representante, colhendo informações para a secretaria do Planejamento. Defendeu também a regionalização do orçamento afirmando que, nesse processo, as necessidades da região seriam mais adequadamente atendidas.(MA)

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