A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Walter Feldman, reuniu-se no final da manhã desta quarta-feira, 21/3, com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Márcio Martins Bonilha, para discutir a participação do Judiciário na comissão que vai consolidar o ordenamento jurídico do Estado. A medida visa facilitar o trabalho dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e é amparada pela Lei Complementar 863, aprovada pelo Legislativo Paulista. A comissão terá a tarefa de reduzir a quantidade de leis em até um terço. "O ordenamento facilitará o trabalho do Executivo e do Legislativo na elaboração de novas leis e será instrumento para o exercício da cidadania", afirmou Feldman, durante encontro no gabinete do presidente do TJ. O desembargador afirmou que o Tribunal vai participar da comissão. "O que existe na verdade é um cipoal legislativo que precisa ser revisto."A Mesa Diretora iniciou a discussão sobre o tema na semana passada, durante a visita oficial ao governador Geraldo Alckmin. O enxugamento abrange o período de 1891 até hoje, totalizando 24.350 leis. O primeiro secretário da Casa, deputado Hamilton Pereira (PT) reforçou que o grande número de leis torna difícil a atuação dos três poderes. "Cria-se uma confusão jurídica". O primeiro vice-presidente Celino Cardoso (PSDB), por sua vez, lembrou que a população reclama também do excesso de leis.Ao final da audiência, o quarto secretário Gilberto Nascimento (PMDB) pediu a colaboração do TJ para diminuir os custos de regularização de imóveis na periferia da Capital. Segundo Nascimento, as taxas dos cartórios são inacessíveis às classes mais pobres.A comitiva da Assembléia esteve no TJ acompanhada pelo secretário-geral parlamentar da Casa, Auro Augusto Caliman.