O abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma das preocupações da deputada Ana Perugini (PT). Nesse sentido, ela está defendendo maior participação do poder público estadual visando mobilizar todos os segmentos da sociedade em defesa dos direitos de meninas, meninos e jovens. Uma ação que requer, na visão da deputada, o engajamento da Secretaria da Educação do Estado, a quem caberá o incentivo e a realização de palestras e debates em torno do assunto ao longo da semana que compreende o dia 18/5, que é o dia nacional de combate a esse flagelo social.Uma indicação da deputada, já protocolada na Assembléia, será agora apreciada pelo governador do Estado. "O maior desafio é a quebra do silêncio. Esses crimes cometidos contra as crianças e adolescentes são muitas vezes escondidos por pactos de silêncio, até mesmo porque os agressores pertencem às famílias ou são pessoas próximas da vítima", argumenta a deputada.Na avaliação de Perugini, "a abordagem da temática em nossa rede de escolas contribuirá para o enfraquecimento do abuso e da exploração sexual infantil, superando preconceitos e uma cultura da desinformação que, atualmente, dificulta o convívio das crianças e adolescentes nos ambientes familiar, escolar e comunitário".Na rede escolar, frisa a deputada, os educadores reúnem as melhores condições de chamar a atenção do problema, apontando situações que podem levar o estudante a desenvolver a cultura da prevenção.Na indicação ao governador, a parlamentar cita três ações que podem muito bem ser trabalhadas nas discussões feitas pelos professores com os alunos: promover atitudes preventivas das crianças e adolescentes; valorizar o convívio da diversidade como elemento central de uma cultura de paz e tolerância, e prover a comunidade escolar de informações sobre o número e as diversas formas de violência sexual contra crianças e adolescentes. A violação sexual praticada contra crianças e adolescentes pode manifestar-se de numerosas formas, sendo as mais freqüentes o abuso dentro da própria família, a exploração sexual para fins comerciais, a pornografia e o tráfico de drogas. Para a deputada, todas as expressões, porém, são "cruéis violações dos direitos humanos".aperugini@al.sp.gov.br