Museu de Arte - Ana Rita Ramos


09/03/2009 14:27

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O naturalismo mágico e fantástico de Ana Rita Ramos é sempre um naturalismo, um fiel e apaixonado amor pela mãe-terra. No fundo de sua inspiração está o encanto inexaurível da natureza.

Ao perceber na pintura um modo de se exprimir, a artista projeta em suas aquarelas, os próprios sentimentos. Ela conserva dessa experiência uma lembrança fabulosa, da qual emerge reconstruída a imagem, recriada a olhos fechados, de uma paisagem.

Assim, se a artista se coloca frente à concreta realidade da paisagem, ela não descreve, mas conta: a luz da lua ou o cinza de uma tempestade constituem a parte essencial. É também verdade que ao recuperar a realidade sonhada, a ajuda externa que recebe das próprias paisagens aparece constante. No calor de uma tensão interior absorve um panorama cromático de eficaz valor psicológico, que não é mais figurativo, mas que como tal se torna.

Tendo em vista que cada componente lingüístico é definido em razão exclusiva de uma mensagem, é de se notar, por exemplo, que num espaço indeterminado, estranho às modalidades do espaço físico, se escrevam linhas acentuadas, realçadas de cores fortes e variadas, entre as quais emergem zonas de luz.

Ana Rita Ramos escava na substância da própria pintura, liga cada traço e gesto do pincel às razões e aos dados do figurativo para mudar a ordem visualizada, que se torna transparência e ritmo, consistência interior da paisagem. O elo do seu interior com o mundo exterior estende-se sobre o plano real, através de espessuras profundas e escondidas.

Na obra "Mutações", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a pintora projeta uma ação espiritual que atua na obra, como um gesto alternado de revolta e angústia em favor da preservação da natureza.



A Artista

Ana Rita Neves Ramos nasceu em Uruçuca, Bahia, em 1953. Formou-se em administração de empresas, na Universidade Católica de Salvador (1978), e realizou o curso de pós-graduação na Faculdade Santa Marcelina (2000 e 2001).

Freqüentou diversos cursos artísticos: pintura com o artista plástico Elón Brasil; desenho, com modelo ao vivo, com o professor Antonio Valentim de O. Lino (1999); história da arte, com o artista plástico Rubens Matuck (2001 e 2003).

Integrou o núcleo de aquarelistas da Faculdade Santa Marcelina (2002 e 2003) e é pesquisadora de arte contemporânea da mesma faculdade.

Participou de diversas exposições destacando-se entre elas: "A Seda na Arte Contemporânea", Fundação Mokiti Okada (1998); "Arte Abstrata", Espaço Cultural Prodam (2002); "Aquarela", Espaço Cultural do Banco HSBC, "Arte Contemporânea", Faculdade Santa Marcelina; "Labor II", antiga fábrica da Mooca; "1ª Quadrienal Internacional de Aquarela", Faculdade Santa Marcelina (2003); "Águacor Aquarelas", Espaço Cultural Banco Central do Brasil (2004).

Possui obras em diversas coleções particulares da Bahia, de São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp