Prandi cobra da Sabesp explicações sobre falta d''água em bairros do Guarujá


17/07/2001 17:07

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A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando explicações da Sabesp sobre o contínuo problema de falta d''água enfrentado por vários bairros de Guarujá. Em ofício encaminhado ao gerente regional da empresa, a parlamentar questiona os motivos que levam os moradores de Santa Cruz dos Quinze a continuarem com problemas no abastecimento, cerca de um mês após a concessionária ter anunciado a entrada em operação de uma nova adutora. Além disso, a deputada também indaga sobre a falta d''água em outros bairros da cidade, como Guaiúba, Tombo, Santa Rosa, Vila Lígia, Vila Edna, Vila Zilda e Cachoeirinha.

Segundo Prandi, quando anunciou a entrada em operação da nova adutora, a Sabesp garantiu que o fornecimento iria melhorar em 40%. "Ao contrário disso, os moradores dizem que a situação ficou ainda pior e a empresa precisa explicar se o equipamento já está funcionando e o que está causando a falta d''água", declarou a deputada. "A cidade precisa ter uma infra-estrutura que possibilite o suprimento das necessidades da população fixa e também garanta o abastecimento adicional durante as temporadas de verão, quando o número de pessoas na cidade quase triplica".

De acordo com as informações divulgadas pela imprensa, a adutora tem três quilômetros de extensão e foi construída com tubos de 200 milímetros de diâmetro. O equipamento interligaria o sistema de abastecimento da Santa Cruz com o que atende atualmente a região dos bairros Guaiúba, Astúrias, Tombo e Las Palmas. Até o início de junho, o fornecimento para Santa Cruz era feito apenas por meio de uma tubulação subaquática instalada no leito do Rio do Meio e que, regularmente, sofria avarias causadas por embarcações.

Instalada a partir da avenida que leva ao Complexo Industrial Naval de Guarujá (CING), a adutora estava pronta há cerca de quatro anos, mas não podia entrar em operação em função de pendências judiciais com os proprietários de áreas cortadas pela tubulação. Resolvidas todas estas pendências, o uso do equipamento foi liberado. Equipes da Sabesp estariam realizando serviços de limpeza e desinfecção dos dutos. Depois disso, é que a água deveria ter começado a circular pelos tubos. "As 6 mil famílias da Santa Cruz continuam enfrentando a escassez, o que deixa dúvidas se o equipamento realmente entrou em funcionamento no dia 27 de junho, como havia anunciado a Sabesp", afirma a parlamentar.

No início deste ano, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Antônio Carlos de Mendes Thame, garantiu à deputada que, até 2002, três novos reservatórios serão construídos na cidade. Estes equipamentos terão capacidade de armazenar 5 mil m³ cada, ampliando em cerca de 50% a capacidade de reservação do município. Maria Lúcia diz que não dará trégua à Sabesp até que estas obras sejam entregues à população.

(Mais informações, ligue para o gabinete da deputada Maria Lucia Prandi - 3886-6848/6854)

alesp