Número de policiais em Cubatão está longe do recomendado pela ONU, afirma deputada


08/11/2004 16:50

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

O número de policiais em Cubatão está longe do patamar apontado como aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU). Conforme dados da própria Polícia Militar, a 4ª Companhia tem somente 135 policiais para atender toda a cidade, o que, na prática, representa que há somente de 25 a 30 homens nas ruas por turno de serviço. Conforme os indicadores da ONU, um município do porte de Cubatão - com 117 mil habitantes - deveria ter 260 policiais.

As informações são da deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT). Em ofício enviado ao secretário estadual de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, a parlamentar defende o aumento do efetivo de policiais no município como uma das formas de enfrentar a violência. Prandi também enviou ofício ao prefeito Clermont Castor, colocando-se à disposição para esta batalha política em defesa de mais segurança para a cidade e região.

"É um problema regional, que em Cubatão se amplifica. Para se ter uma idéia, a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) aponta que em 2003 Cubatão teve 72,22 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Este número é maior que a média regional (39,77) e o dobro em relação ao Estado (35,78). É uma verdade dolorosa, que precisa ser enfrentada com coragem, sob pena de a situação se agravar ainda mais", afirma a parlamentar.

Para a deputada Prandi, é inadmissível que as delegacias da cidade funcionem praticamente em horário comercial. "Já houve ampliação do efetivo do 3º Distrito Policial para que ficasse aberto permanentemente. Isto aconteceu durante certo tempo, mas depois voltou ao esquema anterior", enfatiza Maria Lúcia, no documento encaminhado ao secretário de Segurança Pública. Para a parlamentar, este é um problema grave, já que a maioria dos casos de violência ocorre à noite e durante a madrugada.

Emenda

Ano passado, a deputada Prandi apresentou emenda ao Plano Plurianual de Investimentos, visando o aumento do efetivo das Polícias Militar e Civil em toda a Região Metropolitana. A proposta foi recusada pela base de apoio ao governador Geraldo Alckmin. O Plano Plurianual define as prioridades do Estado desse ano até 2007. "Lamentavelmente, faltou sensibilidade aos parlamentares governistas para entender a importância dessa questão para nossa região", disse a parlamentar.

Para o Orçamento de próximo ano, Maria Lúcia voltou a apresentar emenda destinando recursos para ampliação do efetivo policial na Baixada Santista. "É importante que a região esteja unida em torno dessa demanda, que tem reflexos no cotidiano de toda população", argumenta. O Orçamento Estadual prevê para 2005 um gasto de R$ 6,950 bilhões para a pasta da Segurança Pública.

mlprandi@al.sp.gov.br

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