CPI federal da Nike ouve presidente da Federação Paulista de Futebol


30/03/2001 18:25

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O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, disse aos deputados da CPI da Nike que os valores das parcelas recebidas com a venda do jogador Marcos Piekarski ao clube francês Bastia foram aplicadas no exterior pela empresa encarregada da cobrança desses valores, em operação que "trouxe vantagem financeira" à entidade.

Farah começou a falar aos membros da CPI federal por volta de 10h30 de hoje. O assunto Piekarski foi trazido à tona pelo deputado Leo Alcântara (PSDB/CE), sub-relator da comissão para a atuação das federações estaduais de futebol. Ele questionou Farah sobre o fato de duas parcelas referentes à venda do jogador terem sido pagas pelo menos até outubro de 1999, embora o dinheiro só tenha entrado no Brasil, segundo informações que teria recebido do Banco Central, apenas em novembro de 2000.

"O dinheiro estava aplicado e rendeu à Federação Paulista receita de 122 mil dólares, cujo pagamento vence hoje. O dinheiro deve chegar em cerca de 20 dias", disse Farah.

O presidente da FPF entregou aos deputados documentação a respeito da venda e cobrança de valores referentes à transação com o atleta. Segundo Farah, a FPF adquiriu os direitos financeiros sobre o jogador Marcos Piekarski por 1,2 milhão de reais e cedeu-o ao Mogi Mirim. Piekarski foi devolvido à federação pelo clube e vendido ao Bastia, da França, por 1,8 milhão de dólares, valor a ser pago em três vezes. A última parcela ainda está sendo cobrada.

Alcântara disse ter documento do clube francês afirmando que todos os contatos sobre a venda do jogador foram feitos com Farah, que negou. "Nunca tive contato com o Bastia para tratar desse assunto", respondeu.

alesp