Notas de Plenário


13/11/2006 17:36

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Crise no Incor

Ao fazer um apelo ao governo do Estado para que continue a intermediar as negociações com os bancos e a Fundação Zerbini, José Bittencourt (PDT) considerou que, com a dívida do hospital atingindo a casa dos R$ 200 milhões, será praticamente inviável a continuidade do atendimento à população se este valor não for negociado. Bittencourt lembrou que esta dívida foi contraída para reformas, com o apoio do então governador Mario Covas, mas que, com seu falecimento, o apoio foi esquecido. Propondo uma audiência pública para discutir o problema do Incor, Bittencourt lembrou que a Fundação Zerbini tem prestado muitos serviços ao Brasil, principalmente à população carente. Como o bom funcionamento do Incor tem importância nacional, o deputado sugeriu ainda que o governo do Estado reivindique verbas federais.

"Velho é o seu preconceito"

Afirmando que só por força de lei o idoso tem algum direito no Brasil, Palmiro Menucci (PPS) solicitou o cumprimento da lei que permite 50% de desconto no preço das passagens para quem ganha até dois salários mínimos. "Os idosos de baixa renda não podem ser joguetes de empresas, nem ficar dependendo de uma liminar da Justiça para voltar para casa", afirmou. O deputado citou o Decreto 5.934/06, que delega à Agência de Transportes Terrestres o aperfeiçoamento do sistema, e considerou positiva sua atuação ao derrubar a liminar que suspendia o desconto.

Cinco anos sem aumento

"Este país tem de ter credibilidade. Vejo, na união de classe dos médicos, que temos de cerrar fileiras", afirmou Antonio Salim Curiati (PP) perante os médicos residentes presentes no plenário da Assembléia Legislativa. O parlamentar disse que a Casa não ficará indiferente diante de medidas que visem cortar pela metade o número de médicos residentes, categoria que não recebe aumento há cinco anos. O médico Curiati considerou terrível a situação, afirmando que quem mais sofre com ela é a população carente. Por fim, solicitou a todos que participem de um movimento nacional para que a classe médica seja novamente respeitada. "Sou médico e estou aposentado com salário de R$ 1.200", exemplificou.

Mão-de-obra barata

Fausto Figueira (PT) solidarizou-se com a greve dos médicos residentes, que reivindicam aumento da bolsa, redução do número de horas trabalhadas e melhores condições de trabalho. Fausto informou que o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, comprometeu-se a dar regime de urgência à tramitação de projeto de lei que altera o sistema de residência médica no país. Além disso, disse que pleito dos residentes seria levado no mesmo dia à reunião do Colégio de Líderes da Assembléia, a fim de se encontrar uma solução para o problema em São Paulo. "É preciso que se reveja o sistema, porque o residente não pode ser encarado como mão-de-obra barata para prestar serviços", disse.

alesp