Prandi insiste na realização de audiência pública para discutir implantação do VLT na Baixada

Parlamentar luta pela extensão do transporte ferroviário de passageiros para municípios do Litoral Sul e Vale do Ribeira
30/03/2001 17:17

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A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está firme na cobrança do rápido agendamento de audiência pública para discutir o projeto de implantação do sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), na Baixada Santista. Desde o início deste ano, a parlamentar vem cobrando explicações sobre os motivos da demora para início das obras de instalação do sistema e defendendo a realização de uma exposição do projeto à comunidade, que poderá assim propor mudanças que adaptem a proposta governamental às reais necessidades da região. Esta semana, a deputada Prandi voltou a cobrar aceleração desse processo, encaminhando ofícios ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Condesb), a Agência Metropolitana de Desenvolvimento (Agem) e à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos.

"Agora, os prefeitos de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe também se mostram indignados com a forma com que o processo vem sendo conduzido, deixando seus municípios fora do projeto de implantação do VLT. Eles têm total razão. O transporte ferroviário de passageiros, a partir da adequação da infra-estrutura já existente em toda a região, é um dos caminhos para nossa verdadeira integração", afirma a deputada Prandi, que há anos luta pela valorização de transporte ferroviário de passageiros e sua extensão ao Litoral Sul e Vale do Ribeira. "Esta seria uma forma de agilizar a locomoção de milhares de pessoas, que hoje dependem exclusivamente da malha rodoviária. Além disso, daria uma grande impulsão à indústria turística", frisa.

Em ofícios enviados aos chefes do Poder Executivo das quatro cidades, Maria Lúcia coloca-se ao lado daqueles municípios nessa luta e pede uma união de esforços para que a audiência pública seja agendada rapidamente e a região possa reivindicar do governo estadual recursos suficientes para implantação do VLT em toda a Baixada. "Sem uma coesão, não avançaremos. É preciso concentrar esforços em torno desse objetivo comum", enfatiza a deputada Prandi, que desde o início de seu mandato na Assembléia Legislativa defende o transporte ferroviário. "Juntamente com uma comissão de usuários do extinto Trem Intrametropolitano (TIM), fizemos uma abaixo-assinado com cerca de 10 mil adesões contra a substituição do transporte ferroviário de passageiros por um corredor expresso de ônibus. Esta luta é um dos pilares de minha atuação no Legislativo."

Incoerência. A partir de informações divulgadas pela Imprensa sobre o projeto do VLT, a deputada já aponta algumas incoerências na proposta elaborada pelo governo estadual. A principal delas é contemplação da Área Continental de São Vicente apenas na última fase de implantação do sistema. "Aquela comunidade foi a mais prejudicada com a extinção do TIM, há quase dois anos. As pessoas foram obrigadas a pagar mais caro para andar em ônibus superlotados, que demoram a passar e a percorrer o itinerário. Esses cidadãos não podem mais esperar", afirma Maria Lúcia Prandi, lembrando que os problemas causados pela extinção do TIM foram comprovados por uma pesquisa da própria Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos.

Outro problema apontado pela parlamentar é a demora nas negociações entre os governos Estadual e Federal e as empresas Ferroban e MRS Logística, visando a liberação dos trilhos que cortam o perímetro urbano de Santos para tráfego exclusivo do VLT. "Desde que assumiram o compromisso de implantar o sistema, os órgãos governamentais envolvidos no projeto sabiam das diferenças de bitola (largura dos trilhos) e da necessidade de negociar uma alternativa para circulação dos trens de carga. Apesar disso, só recentemente parecem ter dado início a essas conversações, o que vai atrasar ainda mais a implantação do VLT", finaliza Prandi, que é autora de uma emenda ao Orçamento Estadual, garantindo recursos para a instalação de um terceiro trilho num trecho de 16 quilômetros em Cubatão, uma das alternativas para liberar a linha existente dentro de Santos apenas para o VLT.

(Mais informações, ligue para o gabinete da deputada Maria Lúcia Prandi - 3886-6848/6854)

alesp