Aterro sanitário em Ibiúna gera polêmica


04/04/2003 20:04

Compartilhar:


DA ASSESSORIA

Organizações não-governamentais, produtores de hortaliças, plantadores de flores e criadores de cabras do bairro do Cupim, em Ibiúna, não querem a instalação do novo aterro sanitário - que eles chamam de "lixão" - no local. Esta posição foi levada ao 1º secretário da Assembléia, Emidio de Souza (PT), em reunião realizada na manhã desta sexta, 4/4, na Escola de Artes Plásticas Girassol, que fica ao lado do local onde a Prefeitura de Ibiúna pretende construir o futuro "lixão".

O deputado Emidio de Souza disse que intercederá junto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - Cetesb para buscar uma solução ao problema que aflige a comunidade do bairro do Cupim. "Pretendo saber como a Companhia está acompanhando a questão e pedir uma posição oficial sobre o futuro aterro sanitário de Ibiúna", disse.

O atual aterro sanitário de Ibiúna tem cerca de 20 anos e está instalado no bairro do Curral, na entrada da cidade. O chorume que sai do aterro está contaminando o rio Sorocabuçu, que abastece o município. O movimento ambientalista local pressionou a Prefeitura para que esta encontrasse uma nova área para depositar o lixo produzido na cidade.

Pessoas presentes à reunião com o deputado Emidio de Souza disseram que a Prefeitura apenas está transferindo o problema de local. Elas temem que, com a instalação do novo aterro no bairro do Cupim, as águas do rio Una - que dá o nome à cidade - sejam contaminadas. Este rio corre para a represa de Itupararanga, que abastece importantes cidades do interior paulista, como Sorocaba e Votorantim.

Já os produtores rurais do bairro temem ainda que a saúde da comunidade possa ficar afetada e ocorram prejuízos financeiros em suas atividades. Os produtores de hortaliças e os criadores de cabras não usam agrotóxicos em suas plantações e pastagens, o que garante a comercialização de seus produtos.

alesp