Com um efusivo pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa no último dia 18/2, Carlos Giannazi (PSOL) posicionou-se contra o Decreto 49172/2008, do prefeito Gilberto Kassab, que fecha as portas de quatro bibliotecas públicas infanto-juvenis na cidade de São Paulo. A alegação para esse decreto é a falta de demanda.

Visto pelo parlamentar como "um verdadeiro retrocesso e dano à Cultura, a Educação e ao incentivo da leitura", a atitude dificulta, a parcelas da população que pagam impostos e têm o direito, como a todos os outros contribuintes, ao uso de um equipamento público como uma biblioteca, o aprendizado não só denotativo procedente dos livros e demais publicações, mas também a necessária experiência conotativa que a freqüência a uma biblioteca cria. Esta prática ensina como se deve conhecer e preservar o patrimônio intelectual e o físico, manifestos em forma de livro e congêneres, seu manuseio e zelo, bem como o sentido de uso coletivo e compartilhado de algo que é de todos, público.

O ato do Executivo paulistano também agrava, na capital, a precária situação de ativos públicos e serviços voltados aos interesses sociais mais relevantes como a Educação e a preservação da memória, da qual a biblioteca goza de destacada estatura.

O deputado também manifestou total apoio ao movimento protagonizado pelo professor da ECA-USP Edmir Perrotti, organizador de um abaixo-assinado contra a desativação das bibliotecas, criado logo após a publicação no Diário Oficial do Município de São Paulo e do qual o mandato é signatário.



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