Entidades de Direitos Humanos promovem ato público hoje na Assembléia


30/11/2005 19:49

Compartilhar:


A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, com apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo e de entidades de direitos humanos e de defesa da criança e do adolescente, promove nesta quinta-feira, 1º/12, às 14h30, na Assembléia Legislativa, ato público de repúdio às declarações do governador do Estado, Geraldo Alckmin.

O ato também é de desagravo às organizações não-governamentais e às pessoas citadas nominalmente nas declarações. No dia 22/11, o governador Alckmin culpou a Justiça e o Ministério Público pela superlotação nas unidades e afirmou que algumas ongs só criam problemas à instituição. "Algumas dessas ongs trabalham permanentemente contra o governo. Não colaboram. Ariel (de Castro Alves, do Movimento Nacional de Direitos Humanos), Conceição (Paganelle, da Associação de Mães e Amigos de Crianças e Adolescentes em Risco), esse pessoal, o dia inteiro, cria problemas e não faz nada para ajudar", disse o governador em entrevista à Rádio CBN, após rebelião no Complexo Febem do Tatuapé, que terminou com mais de 60 feridos (internos e funcionários) e com a morte do adolescente Jonathan Vieira Anacleto, de 17 anos.

As afirmações geraram reações. No dia 23 de novembro, na sede da AMAR, os membros das entidades promoveram um desagravo aos representantes das ongs mencionados pelo governador. Entre os presentes estavam o Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Menor, e o pesquisador inglês Tim Cahill, representante da Anistia Internacional. Todos criticaram duramente a atitude do governador de tentar se isentar do problema e transferir sua responsabilidade para as entidades de direitos humanos e de defesa da criança e do adolescente.

O Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo divulgou nota atribuindo a responsabilidade pela crise permanente da Febem exclusivamente ao Governo do Estado de São Paulo.

imprensa@ptalesp.org.br

alesp